Angola usa com sucesso tecnologias espaciais e atmosféricas

Angola está entre os três países africanos, junto com Ruanda e Nigéria, que integram o projecto Artemis da NASA, o que demonstra o reconhecimento internacional da qualidade dos quadros formados e do trabalho do GGPEN.

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A Tech-Agro, tecnologia aplicada à agricultura, a Tech-Gest, usada pela AGT para imposto predial e controlo de residências, e Tech-Minas, aplicada à área diamantífera, são algumas das ferramentas tecnológicas usadas por Angola em matéria de ciências espaciais, revelou, segundo avançou Lumonansoni Eduardo André, o coordenador do programa nacional de educação espacial do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN).

Lumonansoni que falava a propósito do Dia Internacional dos Voos Espaciais Tripulados, instituído pela Assembleia-Geral da ONU e que se celebra todos os dias 12 de Abril de cada ano, afirmou que o GGPEN está focado em gerar conhecimento, formar e treinar pessoal especializado, bem como desenvolver tecnologias e assessorar órgãos governamentais e empresas privadas em matéria de ciências espaciais.

Quanto às ciências de tecnologias espaciais e atmosféricas, avança, o GGPEN tem desenvolvido tecnologias que têm auxiliado o Executivo, como para a Conta Única de Tesouro (CUT), e que também tem parceria com a AGT, a ANPG, InfraSat, a MS Telecom, que têm comprado os serviços, a fim de expandir por todo o país.

Segundo Lumonansoni Eduardo André, a economia espacial mundial pode atingir 1,8 trilhão de dólares até 2035, impulsionada por avanços em satélites, lançamentos e aplicações espaciais. Já a economia espacial africana deve crescer para 22,64 bilhões de dólares até 2026.

Com isso em vista, o Governo angolano criou o GGPEN, órgão responsável por gerir o Programa Espacial Nacional, com o objectivo de atrair receitas e contribuir para a diversificação da economia, reduzir a dependência do petróleo.

A estratégia espacial de Angola busca orientar investimentos no sector espacial para aproveitar os seus benefícios e posicionar o país no cenário internacional.

O Governo angolano, por meio do Plano Nacional de Formação de Quadros no sector espacial, tem investido na capacitação de especialistas, dentro e fora do país, para impulsionar o desenvolvimento científico e tecnológico, beneficiar Angola e outros países da região.

Angola está entre os três países africanos, junto com Ruanda e Nigéria, que integram o projecto Artemis da NASA, o que demonstra o reconhecimento internacional da qualidade dos quadros formados e do trabalho do GGPEN.

Segundo Lumonansoni Eduardo André, a exploração espacial busca estudar o universo com fins científicos e práticos, que visa o bem-estar económico, social e a segurança das populações. Essa exploração envolve profissionais e tecnologias como satélites, sondas e estações espaciais, permitir gerar dados que se transformam em conhecimento, produtos e serviços úteis para o desenvolvimento das nações.

O GGPEN tem desenvolvido tecnologias espaciais aplicadas à agricultura, meio ambiente (como no combate a derrames de petróleo), sector diamantífero e gestão de activos, inclusive para monitorar ameaças como asteróides.

O Dia Internacional dos Voos Tripulados marca o início da corrida espacial e reforça o valor da exploração do espaço para o avanço da humanidade e o aproveitamento de suas tecnologias.

Actualmente, o coordenador do GGPEN referiu que as Nações Unidas reconhecem a importância de usar informações baseadas no espaço, porque têm um papel vital na promoção do uso das tecnologias espaciais para o benefício da população.

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