Os grupos de cibecriminosos estão constantemente a adaptar as suas técnicas para afetar o maior número de utilizadores possível e, ao longo de 2022, a Kaspersky detetou mais de 21 400 “estirpes” de ransomware.
Segundo novos dados avançados pela Kaspersky, ao longo dos 10 primeiros meses de 2022, a proporção de utilizadores que foram vítimas de ataques de ransomware quase duplicou em comparação com o período homólogo no ano passado.
Os especialistas da empresa de cibersegurança detalham que a percentagem de vítimas de ataques de ransomware direcionados representou 0,026% do total de utilizadores atacados em 2022. No ano passado, essa percentagem situava-se nos 0,016%.
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Os grupos de ransomware estão constantemente a adaptar as suas técnicas para afetar o maior número de utilizadores possível. Como exemplificam os investigadores, a LockBit, uma das variantes de ransomware mais populares, continua a tornar-se cada vez mais sofisticada, com os cibercriminosos responsáveis a adicionarem novas opções maliciosas.
Ao longo de 2022, a Kaspersky detetou mais de 21 400 “estirpes” de ransomware. A mais recente descoberta de Kaspersky é a variante Play, cujo código não tem qualquer semelhança com outras amostras deste tipo de software malicioso encontradas anteriormente pelos especialistas e que se destaca pelas suas capacidades de autopropagação.
Segundo Jornt van der Wiel, security expert na Kaspersky, os cibercriminosos especializados em ransomware “acompanham de perto o trabalho dos concorrentes”. “Se alguém implementar com sucesso uma determinada funcionalidade, há uma grande probabilidade de que outros também o façam”.
“A autopropagação de ransomware é um exemplo claro disso mesmo”, explica o especialista, acrescentando que existem cada vez mais grupos de cibercriminosos que “assumem técnicas inventivas que tornam os ataques de ransomware ainda mais direcionados e destrutivos – e as estatísticas deste ano provam-no”.