[VII Fórum Telecom] Especialistas apontam desafios para o futuro das telecomunicações em Angola

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A falta de financiamento, renovação, partilha de infraestruturas e capital humano são os principais desafios e problemas no sector das telecomunicações em Angola, frisaram os especialistas no VII Fórum Telecom do Jornal Expansão, que decorreu esta quarta-feira, em Luanda, sob o tema “O futuro das telecomunicações em Angola – as indústrias, os serviços e as empresas”.

Para o administrador executivo da Unitel, Amílcar Safeca, falando na mesa redonda do evento, as telecomunicações têm um papel muito importante a desenvolver na economia angolana, porque se apresentam como facilitadores para muito do que está a acontecer no mundo, pois aproximam as empresas umas das outras.

E Angola, com uma população a crescer cercade 1 milhão ao ano, “será um dos principais mercados da África Subsariana” dentro de 20 anos e isso trará oportunidades às empresas.

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Ainda assim, frisa o gestor, existe algumas das dificuldades que as empresas que operam no País ainda enfrentam. À cabeça, surge logo a questão cambial, já que as empresas do sector fazem os seus investimentos em dólar e têm na moeda norte-americana a maior parte dos seus custos operacionais. Acresce que o mercado é ainda pequeno face ao número da população e também face ao Produto Interno Bruto, já que o sector “vale hoje à volta dos 600 milhões USD”.

Se nós compararmos a dimensão do nosso mercado com a dimensão do mercado de Moçambique, por exemplo, que é um país que tem um PIB três vezes menor, o nosso mercado está na dimensão do mercado de Moçambique. Então não faz sentido. Por isso é que depois é difícil que outros operadores entrem para o mercado”, admite Amílcar Safeca, acrescentando que é necessário acesso a financiamento bancário para que as empresas angolanas consigam entrar no mercado e dinamizá-lo, sobretudo ao nível dos pequenos prestadores de serviços.

Temos um ambiente regulatório em Angola que é dos mais modernos. Foram emitidas dezenas de licenças, multisserviços, para que esses operadores mais pequenos possam oferecer serviços. Só que eles têm de ter acesso a capital, têm de fazer investimento. E, nas condições actuais, naturalmente, eles não conseguem fazer”.

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