A Unitel predispor-se a subsidiar 30% do valor da compra de smartphones no país de modo a acelerar o acesso à digitalização, segundo o diretor-geral da empresa, Miguel Geraldes.
O gestor que falava em entrevista à Economia & Mercado, disse que a empresa aguarda neste momento a colaboração do Governo Angolano que para o efeito deverá isentar a cobrança do Imposto Sobre o Valor Acrescentado (IVA) e de Imposto de Importação como contrapartida.
“Queremos uma conjugação de esforços entre os dois aspetos. Acreditamos que em 2024 vamos começar a fazer esta ação de forma massiva e é este o nosso grande contributo para a questão da digitalização”, informou Miguel Geraldes, reiterando que a subvenção permitirá o acesso massivo aos smartphones por grande parte da população, sobretudo jovens, o que no seu entender, facilitará a utilização de serviços digitais.
Foi ainda revelado que a Unitel, que atualmente tem uma quota de 78% no mercado de telecomunicações móveis, está em negociação com o Executivo Angolano no sentido de primeiro ser banida a comercialização de telefones 2G, justificando que apesar de estes serem “muito baratos”, não permitem o acesso efetivo e integral a digitalização disponível nas aplicações móveis.
“Um utilizador pode ter um telefone hipoteticamente mais barato e com o acesso à Internet, mas não ter como instalar aplicações. Portanto, não pode usar a sua aplicação bancária, mobile money ou outra aplicação. Ou seja, caso um telefone não permita que o sistema operativo instale aplicações, não qualificamos como um smartphone”, explicou.
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“Um telefone com ecrã excessivamente pequeno não permite a utilização da Internet de forma correta, porque o ecrã não permite ver um vídeo, não consegue ler todos os conteúdos. (…) tem de ter uma câmera capaz de identificar a pessoa decentemente. Não estamos a falar de um smartphone normal, estamos a falar de um smartphone com características que permitem uma inclusão digital”, acrescentou.
Por fim, o Diretor-Geral defende que o telefone 4G é o ideal para acelerar o processo de digitalização, embora reconheça que também é “mais caro” que o telefone 2G, razão pela qual, a Unitel está pretende facilitar o acesso aos smartphones, esperando, em contrapartida, a colaboração do Governo no que a isenção nos IVA e de Importação diz respeito.
“Queremos ter a colaboração do Governo no sentido dos impostos que são cobrados, nomeadamente o IVA e o Imposto de Importação, sejam isentos para que o acesso seja efectivo”, sublinhou.