De acordo com o relatório do Banco Mundial semestral África”s Pulse, mais de 1 em cada 5 empresas africanas iniciou ou expandiu o uso de tecnologia digital em resposta ao choque provocado pela pandemia, onde avança com previsões de crescimento económico para África Subsariana entre os 2,3% e os 3,4%.
As novas tecnologias têm um papel decisivo na recuperação económica na África Subsariana, assinala o Africa”s Pulse, sendo determinante atenuar as lacunas das infraestruturas digitais e tornar a economia digital mais inclusiva, até para dar impulso à Área de Livre Comércio Continental Africano e “aprofundar a integração dos países africanos nas cadeias de valor regionais e globais”.
O uso de plataformas digitais cresceu durante a pandemia, nomeadamente com o teletrabalho, com mais de 1 em cada 5 empresas a iniciar ou expandir o uso das tecnologias digitais. Mas o crescimento não foi uniforme. Há uma grande variação entre os países, com uma média de 24%, inferior em 8 pp à média de 32% nos países em desenvolvimento fora de África. Na África Subsariana, África do Sul lidera, com 51% de empresas a iniciaram ou aumentaram o uso de plataformas digitais, seguindo-se o Togo (43%) e o Quénia (31%). Níger e Chade estão nos antípodas, não chegando sequer aos 10%.
A recuperação na região será variável, segundo o Banco Mundial. Países não intensivos em recursos naturais, como Costa do Marfim e Quénia, e economias dependentes de actividades mineiras, como Botswana e Guiné, “deverão apresentar um crescimento robusto em 2021, impulsionado pela recuperação do consumo privado e do investimento à medida que é reforçada a confiança e as exportações aumentam”.
Na sub-região de África Austral, a contracção em 2020 está estimada em -3%, impulsionada sobretudo pela África do Sul e Angola, as duas maiores economias da sub-região. Excluindo estes dois países, a actividade económica deverá expandir 2,6% em 2021 e 4% em 2022.