Uganda está a usar smartphone para detectar malária em laboratório

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Uma das doenças que mais afecta o continente africano é a “Malária”, e no dia à dia os técnicos de laboratório enfrentam um número crescente de lâminas para exame microscópico, analisando amostras de sangue suspeitas de conter parasitas da malária ou bactérias que causam tuberculose. É um processo demorado, com cada lâmina finamente ajustada à mão cerca de 100 vezes antes que um diagnóstico confiável possa ser dado.

Mas isso está a mudar. O primeiro laboratório de Inteligência Artificial (AI) do Uganda, na Universidade Makerere, desenvolveu uma maneira de diagnosticar as amostras de sangue usando um smartphone, o mesmo usa um programa que aprende a criar seus próprios critérios com base em um conjunto de imagens que lhe foram apresentadas anteriormente. Aprende a reconhecer as características comuns das infecções.

Como funciona exactamente?

Preso no lugar de um microscópio ocular, um smartphone básico traz à luz uma imagem detalhada da amostra de sangue – cada parasita da malária fica marcado com um círculo vermelho por um software de inteligência artificial, o mesmo verifica se o computador está correcto, apontando para o formato de ponto e vírgula do parasita da malária.

Segundo pesquisadora PhD, Rose Nakasi, de 31 anos, que é a principal cientista por trás dessa tecnologia “Quase todo mundo no Uganda, inclusive ela, teve malária”, a pesquisadora em ciência da computação concluiu que “Isso a afectou como pessoa e afecta o Uganda. Por isso, sentiu-se comprometida e quer contribuir da maneira que puder para o diagnóstico adequado desta doença”.
Com a sua tecnologia, os patógenos são contados e mapeados rapidamente, prontos para serem confirmados por um profissional de saúde. Os tempos de diagnóstico podem ser reduzidos de 30 minutos para apenas dois minutos. A ideia não é tirar empregos de técnicos, mas torná-los mais fáceis. A tecnologia precisa “trabalhar lado a lado com os técnicos de laboratório“, explica Nakasi. Sua experiência é necessária para treinar o dispositivo, e seguir em frente tornará seu trabalho mais eficiente.
O software de IA é desenvolvido com base em algoritmos de aprendizado profundo que usam uma biblioteca anotada de imagens de microscópio para aprender os recursos comuns dos parasitas do plasmódio que causam malária e as bactérias chamadas Mycobacterium tuberculosis, responsável pela tuberculose. É importante aqui salientar que, o dispositivo ainda está para ser lançado além dos testes em pequena escala nos hospitais de Kampala.

Seria uma mais valia para os hospitais em Angola?

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