A Universidade Eduardo Mondlane (UEM) celebrou recentemente os 30 anos da primeira ligação à internet em Moçambique com promessas de continuar a massificar a sua utilização na sua comunidade estudantil.
Segundo o reitor desta instituição, Manuel Guilherme Júnior, a UEM vai apostar também na utilização desta tecnologia como instrumento de divulgação e pesquisa de resultados no contexto da criação de uma cultura moderna de investigação pedagógica, que assume um padrão universal.
O responsável falava na abertura de uma conferência organizada pelo Centro de Informática da UEM (CIUEM) para celebrar o marco da internet em Moçambique, que chegou ao país em 1992.
O académico frisou que o centro tem trabalhado para assegurar a eficácia dos serviços de ligação tecnológica no país, bem como a consolidação do seu papel de apoio a outros provedores.
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Guilherme Júnior apontou o CIUEM como o principal motor para a inclusão digital de milhares de pessoas localizadas em diferentes partes do país e também para oferecer possibilidades de promover e valorizar a cultura e conhecimentos locais, com particular referência às línguas nacionais.
“Ao fazer a primeira ligação a internet para o país, a UEM deu um passo importante para a criação e consolidação do atual ecossistema através da implementação com sucesso de iniciativas destinadas a melhorar o acesso às tecnologias de informação“, afirmou.
O reitor explicou que a UEM promoveu várias ações e iniciativas que resultaram na adptação dos currículos dos seus cursos para incluir componentes das TICs e continua a gerir infraestruturas críticas para o bom funcionamento da internet, nomeadamente o domínio .mz e o ponto de tráfego da internet em Moçambique, para além de elaborar as primeiras políticas e estratégias para o sector.
Três décadas depois, esta instituição de ensino superior reconhece que os atuais desafios envolvem uma solução que respeita os meios tecnológicos e o estabelecimento de parcerias inteligentes para atrair mais investimentos para a modernização dos processos burocráticos.
Com efeito, o seu Plano Estratégico (2020 – 2028) reconhece a interconectividade do mundo e a livre disponibilidade do conhecimento graças à evolução das tecnologias de informação e comunicação, como parte das tendências globais que influenciam a sua inserção no mundo moderno.