As TVs comunitárias piratas já abrangem 6% do sector das comunicações segundo o CEO da DSTV em Angola, Glauco Ferreira, em entrevista ao NOVO JORNAL, mostrando que têm ganho cada vez mais “clientes” e continuam a prejudicar os negócios das três operadoras.
O gestor frisa que “há três tipos de piratarias: um é a rede comunitária, que são de pessoas que pegam cabos de fibra e se conectam; um segundo modelo de pirataria é a venda de android box, em que já lá dentro vêm colocadas as TV também por pirataria; o terceiro são os endereços de internet (IPs) em que se pode assistir às redes piratas”, disse.
Glauco Ferreira revelou que num trabalho conjunto com o INACOM e o SIC, muito recentemente foi possível identificar “uma série de IPs de internet piratas” e desmantelar essas redes piratas.
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Nos últimos tempos a pirataria tem crescido “perante a inércia do INACOM”, frisam as principais operadoras de televisão por assinatura, serviço esse sendo feito por operadores ilegais, que não são contribuintes fiscais e não tem licenças de distribuição de canais, nacionais e estrangeiros e que estão protegidos por direito de autor e distribuição e que custam avultadas somas anualmente às operadoras.
Apesar de haver legislação que salvaguarde o papel das operadoras, a falta de fiscalização e de policiamento nos bairros tem feito prosperar um negócio ilegal que tem criado nos bairros autênticos “novelos de lã” sendo os fios instalados nas ruas e nas casas.