O antigo primeiro-ministro britânico Tony Blair é da opinião que o continente africano deve ter uma “revolução tecnológica” em África, estimando ser necessário atrair 80.000 milhões de euros até 2030 para alcançar esse objectivo.
Blair defendeu essa tese na Cimeira Tech Africa, que decorreu no último mês de Fevereiro, em Nairobi, Quénia, onde citada em comunicado, o ex-político inglês diz que “a tecnologia está a mudar o mundo, é o equivalente do século XX à Revolução Industrial do século XIX” e que representa uma grande oportunidade para África.
Ainda em nota, reforça que “o custo da conformidade regulatória para ‘startups’ de tecnologia que querem crescer é muito alto”, pelo que o investimento no ecossistema tecnológico da África ainda está “muito abaixo do que outras partes do mundo estão a receber”.
Segundo os últimos números do estudo do Instituto Tony Blair para a Transformação Mundial, o investimento em ‘startups’ de tecnologia africanas tem estado a acelerar, atraindo 4.900 milhões (4.330 milhões de euros) em financiamento em 2021, mais 243% do que em 2020.
“Se as tendências positivas atuais forem mantidas e o potencial transformador da tecnologia for desbloqueado, a África poderá garantir um financiamento para ‘startups’ de tecnologia de mais de 90.000 milhões de dólares [80.000 milhões de euros] até 2030”, refere o documento, que deixa 10 recomendações para colocar África “no caminho para a excelência tecnológica“. pode ler-se no comunicado.
Para obter este dinheiro, vinca, “os governos precisam de fazer investimentos significativos para atrair e facilitar financiamentos, melhorar o ambiente de negócios e fortalecer as redes” de apoio a empreendedores. Entre as recomendações, o estudo propõe desenvolver veículos de financiamento, criar um mercado digital único (SDM) no âmbito da Zona de Comércio Livre Continental Africana (AfCFTA), melhorar a infraestrutura e competências digitais ou lançar uma “Rede de ‘Startups’ Pan-Africana”.