Terceira operadora móvel não arrancou no prazo previsto

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O Através do despacho datado de 04 de novembro de 2019, o governo autorizara a subconcessão do serviço móvel da exploração do Título Global Unificado da empresa Angola Telecom, E.P. para a empresa Angorascom Telecomunicações, S.A.

A Angorascom já devia estar a dar os primeiros passos para a operacionalização da terceira rede móvel no nosso País, mas mantém-se à espera do que vai acontecer no sector. Oficialmente não desistiu do acordo, mas de acordo com o jornal Expansão pediu um prazo até ao mês de Março para tomar uma decisão definitiva.

O Jornal Expansão avança na sua edição número 526, que o empresário egípcio Naguid Sawiris não avançou na criação de condições para a implementação da terceira operadora móvel, tal como tinha ficado estabelecido quando foi entregue à sua empresa, a Angorascom, o Título Global Unificado da Angola Telecom.

Actualmente, Angola conta com duas operadoras móveis, com a Unitel a liderar o mercado, com cerca de 80% de quota, à frente da Movicel, com um peso de cerca de 20%

As informações recolhidas pelo Expansão dão conta que oficialmente não desistiu, mas não deu os passos que estavam combinados, sendo que há cerca de dois meses mantém-se “apenas” na expectativa. Quando confrontado pelas autoridades angolanas, pediu um adiamento da comunicação de uma decisão final para o próximo mês de Março.

No acordo que tinha sido estabelecido, a terceira operadora deveria estar a funcionar em Fevereiro de 2021, daqui a um ano, o que não deverá ser cumprido. O mesmo implicava um investimento de cerca de 320 milhões de dólares – 120 milhões para pagamento do “fee” da licença que a Angola Telecom nunca pagou (60 milhões a curto prazo e o restante de forma faseada), mais 200 milhões para pôr a funcionar as infra-estruturas (obras na rede básica da Angola Telecom mais outras a construir).

Havia também no acordo um cronograma de acções a desenvolver, sendo que a Angorascom não deu nenhum passo para o seu cumprimento. Sendo um investidor financeiro, o egípcio está também na expectativa do que vai acontecer com os novos desenvolvimentos no sector das telecomunicações em Angola, percebendo-se que a sua estratégia para entrar no nosso País pode vir a ter contornos diferentes.

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