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Telecomunicações em Angola precisa de mais empresas privadas, defende TIS TECH

O sector das telecomunicações em Angola precisa de mais empresas privadas, na opinião de Wilson Oliveira, CEO da TIS TECH.

Falando em entrevista ao Jornal Expansão, o gestor frisa que “hoje temos no sector económico das telecomunicações alguns privados e alguns públicos” mas “é uma realidade que precisamos de ter mais privados no sector das telecomunicações.

É um processo importante para o crescimento da rede de telecomunicações. É necessário que tenhamos mais operadores privados, e os operadores privados que possam ir às províncias, como Moxico, Zaire e outras“, disse.

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Segundo ainda Wilson Oliveira, uma outra questão que deve-se debater é sobre a falta de quadros nacionais nas tecnologias, onde hoje em Angola temos uma realidade bem distinta.

Temos o ISPTEC e outras universidades a produzir e a formar muitas pessoas, como a Universidade Católica de Angola, a Universidade Gregório Semedo e outras. Hoje temos um ecossistema que produz profissionais. Acredito, e já disse isso noutras paragens: talvez precisamos acertar, já que as pessoas saem da universidade com um conhecimento específico, mas conhecimento precisa dar match [combinar] com as necessidades do mercado. Ou seja, se o mercado precisa de laranjas, você forma laranjas. Se você formar maçãs e o mercado precisar de laranjas, tem o trabalho de transformar a maçã em laranja“, concluiu.

Sobre o mais recente relatório da ONU sobre governação electrónica, que mede o índice de digitalização dos serviços dos Estados, que posiciona Angola no lugar 156 entre 193, o CEO da TIS TECH deu o seu parecer.

Este índice demonstra que ainda temos um longo caminho a percorrer. Demonstra que temos muito trabalho para fazer, que temos de trabalhar e temos de implementar mais sistemas, facilitar e simplificar os processos para o cidadão. A implementação do Simplifica, veio, provavelmente, para endereçar essa questão da governança digital, com o IMA [Instituto de Modernização Administrativa], que é o vector para esse processo de modernização do Estado. Vi, no ano passado, uma série de apresentações do próprio IMA em projectos para modernização e para dirigir essa questão da economia digital. Temos muito trabalho a fazer. Isso é um facto. E empresas como a TIS mostram, também, que o sector de tecnologia em Angola tem grande potencial ainda para crescer“, finalizou.

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