Tecnologia chinesa ameaça segurança de países europeus

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A tecnológica chinesa Nuctech, que cresceu à sombra do Partido Comunista Chinês e não pode operar nos EUA por questões de segurança, está hoje presente em 26 dos 27 estados da União Europeia. Fundada como uma ramificação da Universidade Tsinghua, uma universidade pública de pesquisa de elite em Pequim, a Nuctech chegou a ser dirigida pelo filho do ex-líder da China Hu Jintao.

Segundo o Fórum Económico Mundial, reunido em Davos, os maiores portos da Europa, Aeroportos, desde Amesterdão a Atenas, fronteiras da NATO com a Rússia dependem de
equipamentos da Nuctech, que rapidamente se tornou a empresa líder mundial, em faturação, para “scanners” de cargas e veículos.

A Nuctech está impossibilitada de operar nos Estados Unidos desde há vários anos devido a preocupações com a segurança nacional, mas encontrou na Europa campo aberto à actividade, onde já instalou os dispositivos em 26 dos 27 estados-membros da UE, de acordo com registos de compras públicas, governos e empresas consultados pela Associated Press.

  • DADOS SENSÍVEIS
    A complexidade da estrutura de propriedade da Nuctech e presença em expansão levantaram alarmes em ambos os lados do Atlântico. Um crescente número de autoridades ligadas à segurança e analistas ocidentais temem que a China possa explorar os equipamentos Nuctech para sabotar os principais pontos de trânsito ou obter acesso ilícito a dados governamentais, industriais ou pessoais dos itens que passam pelos seus dispositivos.

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Os críticos da Nuctech alegam que o Governo chinês subsidiou a empresa para que aquela possa minar os concorrentes e dar a Pequim uma influência potencial sobre infraestrutura crítica no Ocidente, enquanto a China procura estabelecer-se como uma superpotência tecnológica global.

“Os dados processados por esses dispositivos são muito sensíveis. São dados pessoais,
dados militares, dados de carga. Em jogo podem estar segredos comerciais”, disse Bart Groothuis, director de segurança cibernética do Ministério da Defesa holandês, antes de se tornar membro do Parlamento Europeu.

Nuctech descarta as críticas, vincando que as operações europeias cumprem a legislação local, incluindo verificações de segurança rígidas e regras de privacidade de dados. “É o nosso equipamento, mas são os seus dados. O nosso cliente decide o que acontece com
os dados”, disse Robert Bos, vice-diretor-geral da Nuctech nos Países Baixos, onde a empresa tem um centro de pesquisa e desenvolvimento.

“É muito frustrante para ser honesto”, disse Bos. Além dos sistemas de scaneamento de pessoas, bagagens e cargas, a empresa fabrica detetores de explosivos e dispositivos interligados para reconhecimento facial, medição de temperatura corporal e identificação de cartão de cidadão ou cartões de identificação para empresas.

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