Ao intervir como oradora no Fórum Mulher 2021, sob o lema ”O Empreendedorismo Em tempo de covid-19- Desafios e Oportunidades“. Promovido, recentemente, em Luanda, pela Embaixada dos Estados Unidos em Angola. Fátima Almeida, CEO e fundadora da BayQi, plataforma de comércio electrónico, aconselhou as Startups e pequenas empresas que actuam no mercado angolano a apostarem no comércio digital, como estratégia de “escape” aos impactos negativos da pandemia.
Para a jovem empreendedora, é necessário que as empresas adoptem uma nova postura face à Covid-19, apostando, por exemplo, no marketing, no negócio digital e no fluxo de caixa-instrumento de controlo financeiro que permite acompanhar as movimentações financeiras de uma empresa, através de uma relação das entradas (receitas).
“A Covid-19 é como uma tempestade que quando passa conseguimos avaliar os estragos, recuperar e analisar as oportunidades. Os impactos da pandemia são tão visíveis e avassaladores que fomos forçados a mudar os nossos hábitos sociais e econômicos, mudando profundamente a forma como fazemos compras, socializamos, viajamos e trabalhamos”, explicou.
Para Fátima Almeida, as empresas que conseguiram inovar durante esse período de pandemia conseguiram obter oportunidades de negócios no comércio electrónico e viram os seus lucros disparar. “Durante a pandemia, muitos negócios digitais dispararam pelo mundo, várias Startups e pequenas empresas tornaram-se milionárias e bilionárias, é o caso do Zoom, por exemplo”, destacou.
No caso de Angola, referiu, a Covid -19 acelerou muito a economia digital, tendo levado milhares de pessoas às compras online, sem necessidade de saírem de casa, o que também possibilitou o surgimento, pelas redes sociais, de vários novos negócios.“Para algumas Startups angolanas que conseguiram refletir sobre o modelo de negócio e adaptar-se aos novos hábitos do consumidor face à pandemia, hoje estão com uma boa margem de crescimento”, sublinhou.
Durante o evento falou-nos também sobre outras soluções que podem conservar pequenos negócios, em que destacou o investimento na qualificação do capital humano e em ações de formação que ajudam a migrar os negócios para o digital.