O multimilionário sul-africano Elon Musk colocou na quinta-feira uma mensagem na rede social Twitter da qual se depreende que está a ativar a sua rede de satélites Starlink para permitir o acesso à internet no Irão.
“A ativar o Starlink…” foi a breve mensagem divulgada pelo administrador-delegado da Tesla, que respondeu assim a outra mensagem, também na rede social Twitter, colocada pelo secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em que informava que a Casa Branca tinha emitido uma autorização para que as empresas de internet disponibilizassem os seus serviços no Irão.
We took action today to advance Internet freedom and the free flow of information for the Iranian people, issuing a General License to provide them greater access to digital communications to counter the Iranian government’s censorship.
— Secretary Antony Blinken (@SecBlinken) September 23, 2022
A decisão seguiu-se aos cortes de internet ordenados pelos dirigentes de Teerão, para procurar atalhar os protestos contra a repressão das mulheres e a obrigatoriedade do véu.
“Com esta medida, vamos ajudar a que o povo iraniano não fique isolado. É um passo para apoiar significativamente os iranianos, que exigem que se respeitem os seus direitos fundamentais“, escreveu Blinken.
MAIS: Ciberataque fecha postos de combustíveis no Irão
Os protestos no Irão começaram na sexta-feira da semana passada, após ser conhecida a morte de Masha Amini, de 22 anos, após ter sido detida pela Polícia da Moral por levar o véu colocado de forma que os agentes consideraram incorreta.
A televisão estatal IRIB noticiou a morte de 26 pessoas devido aos confrontos com as forças policiais.
O governo iraniano restringiu fortemente o acesso à internet, com as redes móveis cortadas desde as 21:00 até de manhã nos últimos dias.
Na quinta-feira, os EUA determinaram sanções à Polícia da Moral, pela morte da jovem, e a sete dirigentes do setor da segurança, pela repressão das manifestações.