Há cinco meses atrás, os principais portais e blogs de tecnologia de todo o mundo anunciaram a chegada do primeiro smartphone africano “Huawei 4Afrika” que segundo os rumores estaria avaliado em apenas 150 USD, como pode ler neste artigo. A grande novidade é que acaba de ser apresentado oficialmente em Angola, durante a FILDA 2013, o “Huawei 4Afrika” que já se encontra a venda nas lojas da Unitel com o preço de 27.000 Kz, quase o dobro do preço que se previa.
Segundo o site do fabricante, o Huawei 4Afrika, foi concebido para trazer mais tecnologia de ponta ao alcance de mais pessoas em África e a um preço que é certo para os seus consumidores. Mas será que um telemóvel que custa 270 USD é a melhor solução para África? Onde o maior problema para a expansão da tecnologia está no fraco poder econômico por parte da população da base da pirâmide.
A própria Unitel tem criada uma linha de smartphones Android que custam entre 10 à 15 mil kwanzas , que são ao meu ver uma solução mais adequada para a nossa realidade. E dá para perceber que existe uma enorme demanda para estes produtos, prova disso é que eles “voam” das agências e ainda assim a oferta não está a corresponder a esta tal demanda, pois quase nunca têm em stock.
Um outro grande projecto tecnológico, concebido para resolver o problema de conectividade em zonas de difícil acesso é o Loon da Google, que destina-se a entregar a Internet 3G para novas partes do mundo através de balões movidos a energia solar que sobem através da estratosfera. No entanto, segundo o queniano Perez Kariuki, ex-consultor de tecnologia para o Banco Mundial, esta não é uma solução real para África porque “No Quênia, a maioria das regiões do país têm acesso 3G“, no caso de Angola o Loon seria apenas mais um concorrente da Unitel e Movicel que já oferecem estes serviços e a preços acessíveis.
Gostaria de chamar com este artigo, os nossos leitores a um debate no sentido de percebermos quais as melhores soluções tecnológicas para a nossa realidade e provocar a sugestão de propostas e estratégias para resolver os nossos “problemas tecnológicos“. Por isso não deixe de comentar e partilhar.