Segundo as recentes notícias avançadas pelo canal polaco TVN24, foi descoberto um enorme sistema de mineração de criptomoedas que funcionava por baixo do Supremo Tribunal Administrativo em Varsóvia, na Polónia.
As autoridades do país foram chamadas ao local onde encontraram então vários equipamentos de computação de alto desempenho que mineravam as moedas digitais e que se encontravam escondidos no espaço de ventilação e no piso técnico.
A descoberta aconteceu no mês de setembro e agora a investigação está a ser levada a cabo pelo Ministério Público, sendo que a Agência de Segurança Interna também foi notificada sobre o caso. Através de uma carta enviada à redação da TVN24, o juiz Sylwester Marciniak, presidente do Departamento de Informações do Tribunal Supremo Administrativo, confirmou esta descoberta.
Segundo o juiz: o Supremo Tribunal Administrativo notificou as autoridades sobre a instalação dos dispositivos entre a infraestrutura técnica do tribunal, e eles tomaram as medidas cabíveis no caso, incluindo o desmantelamento e a segurança dos equipamentos eletrónicos divulgados.De acordo com os detalhes revelados pelo canal de notícias polaco, duas semanas após a descoberta do sistema, o tribunal rescindiu o contrato com uma empresa responsável pela manutenção de TI no edifício. E antes do contrato terminar, essa mesma empresa havia demitido dois funcionários que seriam responsáveis pela manutenção das partes do prédio onde o sistema estava escondido.
As informações não oficiais indicam que os equipamentos poderiam consumir eletricidade no valor de várias centenas a vários milhares de zlotys por mês (1000 zlotys = ~228 euros). Sabe-se ainda que as máquinas estavam ligadas a modems próprios e, como tal, não estariam ligadas à rede do tribunal. Segundo o juiz Marciniak, “o evento não resultou numa ameaça à segurança dos dados armazenados no Supremo Tribunal Administrativo“.
O procurador da justiça Szymon Banna referiu que atualmente estão em curso as diligências processuais para apurar as circunstâncias do incidente. O Ministério Público nomeou peritos na área de informática, eletricidade e consumo de energia para determinar a quantidade de eletricidade consumida e o seu valor.