SIC apreende equipamentos de criptomoedas no Sequele

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Onze postos de transformação de energia eléctrica, com capacidade para abastecer 80 mil casas, foram descobertos, no passado sábado, pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), na fábrica de uma empresa chinesa, no município do Sequele, província de Icolo e Bengo, onde seriam usados para a mineração de criptomoedas, uma actividade proibida em Angola.

Os postos de transformação descobertos estão entre vários equipamentos apreendidos pelo SIC numa operação que está, também, na origem da detenção, “em flagrante delito”, de dois cidadãos chineses, de 38 e 42 anos, por suspeita de posse de material de mineração de criptomoedas e outros activos virtuais.
A informação foi avançada, à imprensa, pelo director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa ( GCII) do SIC, superintendente-chefe Manuel Halaiwa, quando fazia a apresentação do resultado da operação, levada a cabo para o cumprimento de mandados de detenção, revista, busca e apreensão.
O porta-voz referiu que os equipamentos de mineração de criptomoedas e outros activos virtuais apreendidos foram encontrados em três contentores e destacou a existência de processadores de mineração de alta precisão do tipo “Whatsminer”.
Segundo o oficial superior do SIC, os equipamentos de mineração de criptomoedas já estiveram em actividade em duas naves da fábrica, de onde saíram para os três contentores apreendidos, em cujo interior aguardavam pelo término da construção de um novo centro de mineração de criptomoedas.
“Com base nos dados que são fornecidos pela ENDE, relativamente às ligações domiciliares, se tivermos em linha de conta de que uma PT de 2.500 kVA pode permitir até oito mil ligações, onze PT’s dariam para fazer 80 mil ligações domiciliares”, disse.
A fábrica, que foi alvo da operação do Serviço de Investigação Criminal, produz chapas, esferovites, mobiliário e colchões.

 

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