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Serviços municipais agora vão ser pagos só pelo Portal do Munícipe

A partir de Outubro os cidadãos vão passar a pagar todos os serviços municipais através do Portal do Munícipe, sendo assim mais um passo no processo de desconcentração administrativa e financeira que o país está a fazer, bem como na digitalização dos serviços públicos.

Entre os serviços municipais estão o pedido de cartão do municípe, que vai estar apto a gerar a Referência Única de Pagamento ao Estado (RUPE), onde a solicitação de qualquer serviço à Administração local vai estar agora sujeito ao registo prévio no Portal do Municípe.

Segundo vários administradores locais, o Portal do Munícipe trouxe inúmeras vantagens às administrações locais porque permite maior controlo em tempo real das receitas arrecadas e agora com a possibilidade de os cidadãos, no conforto de sua casa ou em qualquer lugar, solicitar e efctuar o pagamento de serviços através do RUPE, sem ir à administração.

Para Isabel dos Santos, Administradora do Icolo e Bengo, a implementação do Portal do Municípe traz vários desafios e um deles é exactamente a melhoria no serviço da internet, porque enquanto este serviço continuar a ser um problema o portal não funcionará de forma efectiva e espera que o Angosat-2 venha resolver o problema.

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A governante entende que o Portal do Munícipe não será solução para se acabar com a presença dos “mixeiros”, porque a população criou o hábito, ao longo dos anos, de ter sempre um intermediário para tudo, porque tem sempre pressa em obter os serviços.

Para o coordenador do Observatório Político e Social de Angola (OPSA), Sérgio Calundungo, é importante e é positivo esse esforço de mordenização, de entrarmos para a era digital na intenção de melhorar a eficiência e a eficácia, mas não podemos estar alheios à nossa realidade.

Os dados do Censo 2014 dizem que apenas cerca de 10% da população tem acesso a internet. Se essa for uma regra que se aplica no município do Rivungo ou em outras zonas, por exemplo, onde o acesso a internet é altamente precário, corremos o risco de violar o princípio segundo o qual não devemos deixar ninguém para trás“.

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