A assistência médica às populações da província do Uíge vai conhecer uma melhoria significativa, com a instalação de pontos de serviço de telemedicina, que visa monitorar pacientes em áreas da medicina, onde não existam médicos especialistas.
O anúncio foi feito recentemente pela ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, à margem da visita de trabalho de dois dias à província do Uíge. A ministra disse que a região apresenta actualmente um perfil endémico alto que a coloca entre as cinco províncias do país com maior índice de casos de paludismo, malária e cólera. A dirigente garantiu ainda que, com base nestes dados, o sector definiu como estratégia para este ano a instalação na província do Uíge destes equipamentos, por haver ainda hospitais sem médicos especialistas, sobretudo os regionais e municipais mais distantes.
Já existem algumas províncias com o serviço instalado?
Os ensaios da tecnologia da telemedicina no país tiveram início no Huambo e no Moxico e os resultados até aqui alcançados são animadores. “Com o uso desta tecnologia, os especialistas conseguiram ter acesso aos exames de qualquer lugar do país, utilizando computadores e dispositivos móveis, como smartphones e tablets conectados à Internet.
A ministra considera prioritária a utilização da telemedicina nas províncias endémicas e esclareceu que no Huambo e Moxico, onde já se faz uso dos equipamentos, há muito os técnicos deixaram de transferir para cuidados mais diferenciados para Luanda, sem primeiro o doente ser avaliado, numa consulta especializada, por telemedicina.