Segurança cibernética em África: hora de agir

A capacidade de proteger os dados de parceiros e clientes é hoje um dos fundamentos por detrás de todas as decisões de negócios. Os mercados actuais fornecem uma infinidade de pontos de acesso, que agentes maliciosos arranjam forma de penetrar nos sistemas e adquirir informação. Mas só há um caminho: estes têm de ser protegidos.

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Um sistema é tão forte quanto o seu ponto mais fraco. Portanto, à medida que as redes de comunicação e financeira se globalizam, a cibersegurança torna-se um pré-requisito para o investimento em qualquer território.

No entanto, a cibersegurança no continente africano continua desafiante e muitas empresas não estão preparadas para ciberataques. Além disso, apenas alguns países possuem leis para proteger consumidores e empresas.

O Índice Global de Cibersegurança (2021), do World Economic Forum, mostra que dos 54 países africanos avaliados, apenas 29 introduziram legislação nesta área. Em 2022, 52% das empresas em África acreditavam que não estavam preparadas para lidar com um ciberataque em grande escala.

Ainda assim, a realidade é mais sombria. O Relatório de Avaliação de Ciberameaças em África*, da Interpol, descobriu que mais de 90% das empresas neste continente estavam a operar sem os protocolos de cibersegurança necessários.

Empresas africanas não priorizam a cibersegurança

As organizações africanas não estão a dar a prioridade que a cibersegurança merece e esta inadequada segurança está a afectar diretamente os negócios das empresas bem como dos próprios países.

De acordo com a Techcabal, África está a perder 3,7 mil milhões de euros anualmente para o cibercrime. No entanto, o cibercrime prejudica as empresas além das suas finanças, levando à perda de dados, roubo de propriedade intelectual e informações financeiras e/ou pessoais, e danos na marca e na reputação. A precária cibersegurança em África também significa que a região agora é alvo de cibercriminosos, como o “ponto fraco” das redes de negócios globais.

Em África, muitos países viram um aumento de ameaças informáticas e de atividades maliciosas. Ironicamente, a sua rápida evolução tecnológica torna a região um alvo atraente para os cibercriminosos. Porém, isso está a mudar lentamente, com países como o Quénia e Zâmbia a implementar novas leis de cibersegurança.

O relatório da Interpol identifica as ameaças mais proeminentes em África, com base em contribuições dos países membros da Interpol e dados extraídos de parceiros do sector privado.

Scams online: os e-mails falsos ou mensagens de texto que alegam ser de uma fonte legítima são usados para induzir as pessoas a revelar informações pessoais ou financeiras;
Extorsão digital: as vítimas são levadas a partilhar imagens comprometedoras que são usadas para chantagem;
E-mail profissional: os criminosos invadem e-mails para obter informações sobre formas de pagamento corporativo e, de seguida, enganam os colaboradores para transferirem dinheiro;
Ransomware: os cibercriminosos bloqueiam sistemas de computadores de hospitais e instituições públicas e exigem dinheiro para restaurar o seu funcionamento;
Botnets: as redes de máquinas comprometidas são usadas como uma ferramenta para automatizar ciberataques em larga escala.

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