Sabe-se que os IPs públicos (IPv4) são um recurso limitado e atualmente escasso, o NAT tem como objectivo poupar o espaço de endereçamento público, recorrendo a IPs privados.
Os endereços públicos são geridos por uma entidade reguladora, são pagos, e permitem identificar univocamente uma máquina (PC, routers, etc) na Internet.
Por outro lado, os endereços privados apenas fazem sentido num domínio local e não são conhecidos (encaminháveis) na Internet, sendo que uma máquina configurada com um IP privado terá de sair para a Internet através de um IP público.
A tradução de um endereço privado num endereço público é definido como NAT e está documentado no RFC 1631.
Existem 3 tipos de NAT
- NAT Estático– Um endereço privado é traduzido num endereço público.
- NAT Dinâmico –Existe um conjunto de endereços públicos (pool), que as máquinas que usam endereços privados podem usar.
- NAT Overload (PAT) –Esta é certamente a técnica mais usada. Um exemplo de PAT é quando temos um endereço público e por ele conseguimos fazer sair várias máquinas (1:N). Este processo é conseguido, uma vez que o equipamento que faz PAT utiliza portas que identificam univocamente cada pedido das máquinas locais (ex: 217.1.10.1:53221, 217.1.10.1:53220, etc) para o exterior.
O PAT é a técnica presente na maioria dos equipamentos de rede que usamos. Considerando, por exemplo, um router Wi-Fi, é possível ligarmos/associarmos vários clientes a esse equipamento e estes são configurados (ou adquirem) um endereço privado. No entanto, todos eles podem ter acesso à Internet através de um único endereço público. Como já referido, tal é possível porque a técnica de NAT, recorre a portos lógicos para distinguir os pedidos das máquinas internas. Na prática, existem 65536 portas, no entanto, por norma apenas são usados os portos dinâmicos (de 49152 a 65535).