Segundo a empresa que gere o sistema Multicaixa, admite a existência de discrepâncias nos extractos bancários dos utilizadores da rede em relação a movimentos realizados à noite e aos fins-de-semana, situação que, esclarece, se deve ao encerramento dos sistemas informáticos de alguns bancos, para fecho contabilístico e manutenção.
Por via de um comunicado, a EMIS reconheceu que o sistema Multicaixa apresenta “alguns problemas“, que diz serem próprios da sua “dimensão e complexidade”, mas assegura que está garantida a “integridade total dos movimentos legítimos feitos pelos titulares do cartão, a qualquer hora do dia ou da noite, esteja o seu banco online ou offline“.
Mas qual é a real causa?
Pela informação posta a circular, deve-se ao facto de muitos dos bancos que integram o sistema Multicaixa terem ainda a “necessidade de encerrar os seus sistemas informáticos no final do dia e nos finais de semana para fecho contabilístico e acções de manutenção”.
O resultado, prossegue a nota, é que esses bancos só integram os movimentos de sexta, sábado e domingo na segunda-feira seguinte, com a data-valor deste dia, o que gera confusão junto dos clientes.
Em outras ocasiões, “um levantamento é feito com autorização dada pelo banco e fica logo reflectido no sistema bancário, e outro levantamento da mesma importância é autorizado pela EMIS, porque, entretanto, o banco ficou offline. Este último movimento vai aparecer no extracto bancário com data-valor diferente do primeiro“.
O problema já está a ser solucionado?
A empresa garantiu ainda que, está a trabalhar com os bancos no sentido de uniformizar a forma de apresentação das datas-valor e datas-movimento por forma evitar este tipo de constrangimentos”, salientando que, apesar destas anomalias, “o sistema Multicaixa não rouba às famílias aos fins-de-semana, nem em qualquer outra altura ou circunstância”.
Para além das falhas do sistema, a EMIS reconhece algumas anomalias nos equipamentos “sobretudo quando colocados em zonas muito poeirentas”.
Porque motivo as notas encravam?
De acordo com o comunicado, “acontece também que por vezes a qualidades das próprias notas não é a melhor, o que origina o encravamento dos dispositivos de dispensação de notas. Há também as quebras de energia e as quebras de comunicações que podem ocorrer ocasionalmente”.
Concorda com justificação da EMIS?