O governo do Ruanda anunciou o lançamento do Centro da Quarta Revolução Industrial (C4IR), o primeiro do gênero a ser formalmente lançado em África, segundo Borge Brende, presidente do Fórum Econômico Mundial (WEF), que falou no lançamento do centro. O WEF fez parceria com o governo ruandês para lançar o C4IR em Kigali.
De acordo com a Ministra da Tecnologia da Informação, Comunicação e Inovação do Ruanda, Paula Ingabire, o lançamento do C4IR deve-se à rápida inovação testemunhada em África durante o auge da pandemia de COVID-19 nos últimos dois anos, bem como a chegada da Quarta Revolução Industrial, um movimento que tomou o continente de assalto.
“…há uma crescente urgência em desenvolver capacidades digitais e tecnológicas para construir sistemas mais resilientes para uma sociedade mais saudável e uma economia mais sustentável”, disse Ingabire.
Ruanda “vai trabalhar com as partes interessadas em todo o mundo para projectar e pilotar as novas abordagens para a governança de tecnologia que promovam a inovação de maneira inclusiva e responsável”, de acordo com o site do WEF.
Os novos projectos a serem conduzidos no C4IR incluem a formulação e análise das leis e políticas do país sobre inteligência artificial e proteção de dados pessoais e privacidade.
“O lançamento deste centro é viabilizado pelos investimentos que nós, como país, temos feito em ciência e tecnologia. Espero que o centro se baseie nisso, tornando a Quarta Revolução Industrial uma força equalizadora e contribuir com soluções para alguns dos desafios mais urgentes de hoje. Estamos muito felizes em ter o Fórum Econômico Mundial como parceiro neste e em outros empreendimentos cruciais”, disse o presidente de Ruanda, Paul Kagame, durante o lançamento do C4IR.
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Ele acrescentou que o lançamento do centro foi uma evidência de quão longe o país avançou nos campos da ciência e tecnologia quase 30 anos depois que o infame genocídio de motivação étnica tomou conta do país na década de 1990.
“Este é o primeiro centro a ser lançado formalmente em África. Isso diz muito sobre a liderança no país quando se trata de dar um salto e ser visionário quando se trata de novas tecnologias”, disse o presidente do WEF, Brende.
“Acho que este Centro para a Quarta Revolução Industrial Ruanda desempenhará um papel importante para atender à proporção do Ruanda se tornar um país de renda média alta até 2035. O centro, será um facilitador fundamental do objectivo do país de se tornar uma sociedade ainda mais próspera”.
“Chegou a hora de África se colocar no centro de uma nova revolução tecnológica. Nosso continente tem uma vantagem competitiva única que decorre de um inegável espírito empreendedor que está embutido nas nossas jovens gerações – que é a capacidade de inovar por necessidade”, acrescentou Ingabire.