Ruanda censura as redes sociais antes das eleições presidenciais

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O governo do Ruanda decidiu através da Comissão Nacional Eleitoral (NEC) que, as publicações nas redes sociais dos candidatos às eleições presidenciais, precisam primeiramente ser aprovadas pela organizações, antes dos candidatos postarem.

Os candidatos terão que enviar as suas mensagens para sete comissários eleitorais pelo menos 48 horas antes da sua publicação. As publicações incluem texto, fotografias e vídeos que os candidatos desejam publicar no Facebook, Twitter, YouTube, WhatsApp e Instagram.

A NEC que vai controlar o uso das redes sociais dos candidatos, avança que medida entrará em vigor no início do período oficial da campanha eleitoral em 14 de Julho, antes das eleições de 4 de Agosto.

Erica Barks-Ruggles, embaixadora norte-americana acreditada no Ruanda, disse: “estamos todos preocupados com esse desenvolvimento recente e penso que é importante entender realmente o que está por trás dessa limitação muito séria na liberdade de expressão”.

De acordo com Kalisa Mbanda, presidente da comissão eleitoral, esta medida destina-se a “evitar expressões, palavras, actos que podem levar a insegurança, o despertar do divisionismo entre a população ruandesa”.

A oposição do Ruanda também criticou esta medida, onde refer que, isso será usado para bloquear qualquer crítica ao presidente Paul Kagame, que está no poder desde 1994 e está a trabalhar para um terceiro mandato depois de mudar a constituição para permitir sua candidatura.

O Ruanda tem sido elogiado pelo seu desempenho econômico e estabilidade, mas criticado por seus ataques e limitações à liberdade de expressão.

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