República Centro-Africana inicia venda pública da moeda digital

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A República Centro-Africana (RCA), na pessoa do seu presidente Faustin-Archange Touadera, anunciou a venda pública da moeda Sango, com o objetivo de promoverá a inclusão financeira, removendo as barreiras à entrada no setor bancário.

Segundo o que foi revelado, a venda pública começou com os 200 milhões de Sango Coins disponíveis para compra ao preço de US$ 0,10. De acordo com o site oficial, o preço final de listagem será de US$ 0,45.

O projeto Sango vem após a adoção do Bitcoin pela RCA como moeda legal em abril último. A iniciativa visa atrair empresas e talentos/entusiastas de criptomoedas globais, aumentar a adoção local do BTC e supervisionar a implantação de estruturas e infraestruturas regulatórias de criptomoedas. Uma plataforma metaverso apelidada de The Crypto Island e a Sango Coin também já está em desenvolvimento.

Falando no evento de lançamento, o presidente Faustin-Archange Touadéra destacou que o projeto do Sango é ter uma “criptomoeda comum e um mercado de capitais integrado que possa estimular o comércio e sustentar o crescimento”.

Um dos pontos-chave que o presidente Touadéra enfatizou foi a inclusão financeira e a importância de os cidadãos poderem acessar facilmente as criptomoedas por meio de um smartphone. Ele fez comparações com o setor bancário subutilizado no RCA, que tem várias barreiras à entrada.

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Os cidadãos ganharão em todos os níveis, viverão num país em pleno desenvolvimento econômico, o que significa emprego e prosperidade. Além disso, eles se beneficiarão de transações virtuais que, ao contrário do banco tradicional, têm a vantagem de acesso rápido, execução rápida, desburocratização e baixo custo.”

Apesar do otimismo do presidente do RCA para o projeto, o Banco Mundial declarou em maio que não estará “apoiando Sango” por questões de transparência e “implicações potenciais para a inclusão financeira”.

Sango é apoiado pela Assembleia Nacional da RCA e está sendo conduzido principalmente pelo presidente Touadéra. Embora muitos detalhes ainda precisem ser especificados, um foco significativo do projeto será tokenizar os abundantes recursos naturais do país para abrir maior acesso de investimento a eles.

A identidade do cidadão e a propriedade dos ativos também serão tokenizados com um tokens não fungíveis (NFTs). Além disso, a Crypto Island desempenhará um papel crucial na facilitação desse ecossistema e servirá como uma maneira de usuários verificados obterem acesso a ativos tokenizados.

O suporte expandido ao Bitcoin também terá o desenvolvimento de uma carteira local construída para o BTC e a Lighting Network.

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