No meio da comunidade tecnológica, considera-se o mês de Outubro como o Mês da Cibersegurança, onde durante esse período organiza-se vários eventos para marcar a data.
Tendo como carácter esse mesmo Mês da Cibersegurança, a Check Point Software partilhou com a redação do Menos Fios as conclusões do seu último relatório de ameaças, a nível global e nacional, que contém dados que merecem as atenções tanto das instituições privadas, bem como a públicas.
Po outro lado, a nível global, à ligeira descida verificada nas semanas antes de março de 2020, seguiu-se um aumento significativo do número semanal médio de ataques por organização, que se arrastou até 2021. Em setembro deste ano, foi atingido o pico, com uma média de 870 ataques por semana por organização – mais do que o dobro, se considerarmos março de 2020.
Falando no nosso país, o relatório destacou que as organizações angolanas são atacadas, em média, 2496 vezes por semana, o que representa um aumentou de 51% ao ano anterior.
Abaixo, mostramos os dados mais relevantes do mesmo relatório:
Continentes mais visados
- As organizações africanas experienciaram o maior volume de ciberataques de que há registo em 2021, com uma média semanal por organização de 1,615. Em comparação com o ano anterior, é um aumento de 15%
- A região APAC apresenta uma média de 1299 ataques por semana. O aumento é de 20%, comparando com 2020
- Segue-se a América Latina com uma média semanal de ataques por organização de 1,117 (um aumento de 37%)
- A Europa registou um aumento de 65% desde 2020, com uma média de 665 ataques por semana por organização
- Na América do Norte, a média semanal de ataques por organização foi de 497, com uma subida relativa ao ano anterior de 57%
Setores mais visados a nível global
- Educação/Investigação: por semana, o setor sofre, em média, 1,468 ataques por organização (aumento de 60% desde 2020)
- Administração Pública/Setor Militar: uma média de 1,082 ataques por organização por semana (aumento de 40% desde 2020)
- Saúde: uma média de 752 ataques por organização por semana (aumento de 55% desde 2020)
Ransomware continua a afetar as organizações de todo o mundo
A CPR concluiu ainda que, a nível global, em 2021, 1 em cada 61 organizações é impactada por ransomware por semana – um aumento de 9% comparando com 2020. O sector ISP/MSP é o mais atacado por ransomware este ano. O número médio semanal de organizações deste setor impactadas é de 1 em cada 36 (uma subida de 32% em relação ao ano anterior).
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Em segundo lugar, a saúde, com 1 organização atacada em 44 (aumento de 39% desde 2020). De seguida, os fornecedores de software, com 1 em 52 organizações atacadas por semana (aumento de 21%).
Em Angola, em cada 100 organizações, quase 4 (3.7%) são atacadas semanalmente por ransomware. De 2020 para 2021, o número de organizações impactadas em Angola aumentou 337%.
A região APAC regista o maior volume de tentativas de ataque de ransomware, com 1 organização impactada a cada 34 por semana em 2021 – um valor que representa uma descida de 10%, em comparação com o ano anterior. Segue-se o continente africano, com uma organização impactada a cada 48 (descida de 7%) e a América Latina, que regista um aumento de 6% desde o ano anterior, com 1 organização impactada em cada 57.
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“Outubro é o mês da cibersegurança, um momento para que todos sejam recordados do papel que desempenham para a sua garantia, quer a nível local, quer a nível mundial,” afirma Omer Dembinsky, Data Research Group Manager, Threat Intelligence and Research Organization, Check Point Software Technologies.
“Desde que emergiu a pandemia, os cibercriminosos avançaram rapidamente para tirar proveito das múltiplas oportunidades que surgiram. Com o aumento contínuo dos ciberataques, a Check Point Software recomenda que as organizações adotem uma abordagem, acima de tudo, preventiva, em vez de trabalharam para remediar os danos já causados.”
O Botnet é o tipo de malware com maior impacto entre as organizações, com uma média superior a 8% das organizações impactadas por semana (um decréscimo de 9% desde 2020). Segue-se o banking malware, com 4.6% (e uma subida de 26%) e os cryptominers, com 4.2% (um decréscimo de 22%).
De informar que os s dados utilizados para este relatório foram detetados pelas tecnologias de Threat Prevention da Check Point, armazenados e analisados pela Check Point ThreatCloud.
A ThreatCloud fornece threat intelligence em tempo real derivada de centenas de milhões de sensores em todo o mundo, em redes, endpoints e dispositivos móveis. A inteligência é enriquecida com ferramentas de Inteligência Artificial e informações de pesquisa exclusiva da Check Point Research.
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