Reino Unido anunciou, nesta terça-feira (14), a proibição às operadoras de telecomunicações de comprarem novos equipamentos para as suas redes 5G ao grupo chinês Huawei, a partir do final de 2020, e vai impor a retirada do material remanescente até 2027.
A decisão foi tomada numa reunião do Conselho de Segurança Nacional presidida pelo primeiro-ministro, Boris Johnson, como resposta a sanções impostas pelos EUA à Huawei em maio, que consideram a empresa uma ameaça à segurança nacional, o que a gigante tecnológica asiática nega.
Os relatórios iniciais sugeriram que o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, planejava interromper o uso da tecnologia de rede 5G fornecida pela Huawei em menos de seis meses – no entanto, agora foi confirmado que esse processo só precisa ser concluído até 2027.
Uma “decisão dececionante e errada”, considerou o embaixador da China em Londres, Liu Xiaoming.
Disappointing and wrong decision by the UK on #Huawei. It has become questionable whether the UK can provide an open, fair and non-discriminatory business environment for companies from other countries. https://t.co/fp1D9Yn2vt
— Liu Xiaoming (@AmbLiuXiaoMing) July 14, 2020
De acordo com as últimas informações, as autoridades do Reino Unido já começaram a elaborar propostas para parar de instalar os novos equipamentos Huawei na rede 5G e acelerar a remoção da tecnologia que já está em vigor.
A Huawei reagiu ao lamentar a decisão “decepcionante” de Londres. “Esta decisão decepcionante é uma má notícia para qualquer pessoa no Reino Unido com um telemóvel”, apontou o porta-voz da empresa no Reino Unido, Edward Brewster, em comunicado. “Ameaça colocar Inglaterra numa faixa digital mais lenta, aumentar as contas e aprofundar a divisão digital. Em vez de fazer uma “subida de nível” o governo está a baixar o nível e pedimos que reconsiderem”, acrescenta a empresa chinesa.
Após a decisão do Reino Unido, a Casa Branca felicitou aquilo que considera ser um “consenso internacional” sobre a Huawei.