Mais de quatro mil e 587 casos de burlas por via de cartões de débito foram registados no ano de 2022, segundo os últimos dados da Empresa Interbancária de Serviços (EMIS).
De acordo com Nelson Prata, Presidente da Associação Angolana de Defesa do Consumidor de Serviços e Produtos Bancários (ACONSBANC), informou que a sua instituição regista em média um a dois casos de fraudes/dia, onde para minimizar o fenómeno, a mesma tem publicado alertas com instruções precisas para que os consumidores e clientes não “se deixem enganar“.
O Presidente disse ainda que a EMIS e o Banco Nacional de Angola (BNA), enquanto entidades gestora da rede e licenciadora do sistema financeiro angolano, estão atentos ao fenómeno e têm estado a trabalhar no sentido de mitigar as fraudes.
“Infelizmente, os que se dedicam a essa prática de fraudes também estudam e nem sempre conseguimos nos antecipar aos mesmos”, disse Nelson Prata.
É para se evitar esse infortúnio, váários especialistas e operadores do sector tecnológico angolano são da opinião que a literacia digital é chave para evitar burlas, algo que tem aumentado muito no país, nos últimos tempos, bem como reforçar a segurança e o número de utilizadores.
Segundo Eduardo Pinto, Director de Operações e Tecnologias da Unitel, que falava no evento IV° Conferência sobre Transformação Digital, subordinada ao tema “Os Desafios da Aceleração Digital em Angola”, tendo como foco de tema o novo sistema de transferência instantâneas e o seu impacto na inclusão financeira no nosso país, diz que é “só vermos a quantidade de pessoas que a boca dos «multicaixas» entregam o cartão a outros para levantar ou transferir” para entender a raiz do problema.
Por outro lado, Pedro Abreu, Administrador Executivo da EMIS, defendeu que a existência de uma marca única, ou seja, uma aplicação única, com a qual todos trabalhem e deem “inputs” pode ser solução para segurança, sem esquecer também da fiabilidade que oferecerá e não só.