O crescimento de redes de fibra terrestre está cada vez maior, tanto os cabos submarinos internacionais, bem como as redes nacionais e metropolitanas, criou uma expectativa de que as redes de fibra e conectividade de fibra em breve serão a opção padrão para serviços de banda larga e acesso em África.
Capacidade Internacional
Ao considerar que a África atingiu quase 6Tbps de largura de banda de acesso internacional no início de 2017, o que é quase um aumento de 30% em relação aos 4,5Tbps em 2015, o crescimento é realmente exponencial (consulte Hamilton Research, Africa Telecom Transmission Map). Nessa perspectiva, é compreensível que as redes de fibra estejam a se tornar na opção preferencial para fornecer serviços de interligação.
Crescimento de Rede de Fibra Terrestre
O mais recente Mapa de Transmissão da África Telecom oferece uma visão do forte crescimento das redes de fibra terrestre superior a 1 milhão de rotas em 2015. Em 2014, foi de 958,901 km e em 2013 foi de 905,259 km, indicando um forte ano-a-ano crescimento anual que deverá continuar no futuro próximo.
Estima-se que cerca de 1/5 dessa rede esteja nas cidades, conectando consumidores empresariais e residenciais a velocidades de até 100Mbps.
Alcance da População
Em 2015, a expansão da rede de fibra africana trouxe mais de 176 milhões de pessoas para serviços de alta capacidade. Em junho de 2015, 45,8% da população estava dentro da faixa de 25 km, e 341,0 milhões de pessoas estavam além do alcance da fibra terrestre.
Porque é que ainda dependemos dos satélites em África?
Com apenas 48% da população africana agora atendida, deixa mais da metade da população sem conectividade. Somando-se a isso o facto de que o business case da fibra exige altas densidades de assinantes, pode-se esperar que até 30% da população da África esteja fora do alcance viável das redes de fibra.
Nesse contexto, fica claro por que a indústria de satélites continuou a se desenvolver e crescer para ser um meio alternativo de conectividade. Espera-se que a fibra seja sempre a opção preferida, apenas não estará disponível sempre e em todo o lado.
Mas a real pergunta é: Quando é que a fibra substituirá o satélite em África?
Segundo o autor deste artigo Dr Dawie de Wet (CEO da Q-KON), não devemos pensar “Quando a fibra substituirá o satélite“, mas sim compreender as limitações de ambas as tecnologias e permitir o mercado em conformidade. Deste modo não podemos deduzir quando uma delas substituirá a outra.