O Presidente da República, João Lourenço, deu o aval à realização de despesa e formalização da abertura de um procedimento de contratação com carácter de urgência para a instalação de uma antena terrestre para o Angosat-2. (Iª Série, Despacho Presidencial n.º 50/21 de 23/04/2021)
No despacho presidencial, que não avança os custos relacionados com a aquisição desta antena gateway da Banda KA, que é suposto “rentabilizar as capacidades previstas no Angosat após o seu lançamento“, são delegadas competências no ministro das Telecomunicações,Tecnologias de Informação e Comunicação Social para aprovação de todos os actos praticados no âmbito do contrato.
Na lista dos países com mais satélites em órbita, os EUA lideram, com 859, a China segue-se com 250, a Rússia surge em 3º com 146, e o Japão, a Índia e o Reino Unido chegam depois com, respectivamente, 72, 55 e 52 objectos espaciais.
A rede de satélites de observação da Terra é uma peça-chave para fazer frente às alterações climáticas e para implementar as estratégias acordadas na Cimeira do Clima de Paris. A tecnologia em órbita é atualmente uma chave, por exemplo, para prever colheitas, a exploração de terrenos e a seca, bem como para observar a poluição aérea.
A característica mais proeminente dos satélites com as funções de observação da Terra é a de permitir obter uma visão alargada da geografia terrestre, com detalhe que pode ir desde o avanço das queimadas, da subida das águas do mar devido às alterações climáticas ou, por exemplo, analisar o potencial mineiro de uma determinada área, o que, para Angola, se poderá revelar de extrema importância, bem como determinar as melhores áreas para os diversos tipos de agricultura ou agro-pecuária.
A previsão é que o Angosat-2 seja lançado no espaço no primeiro semestre de 2022.