Presença de mulheres no sector das tecnologias em Angola em níveis baixos

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A presença de mulheres no sector das tecnologias em Angola é ainda muito baixos aos níveis, propriamente com 9.1%, revelou o diretor nacional de Tecnologias e Inovação do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, José Alcochete.

O especialista que falava no Fórum “Mulheres e Jovens Mulheres na Ciência em Angola” sobre o tema “Importância da Inclusão Digital para a Educação da Mulher e Jovem Mulher na Ciência, Tecnologia e Inovação”, disse que no país, em matéria de investigação científica por parte de mulheres, ainda apresenta índices muito baixos em relação a muitos países da região, na ordem de 27 por cento.

José Alcochete referiu que nas áreas de engenharia e tecnologia, Angola apresenta ainda níveis mais baixos com 9.1 por cento. Quanto à produtividade científica, de 2005 a 2014, o país teve 17 publicações científicas, um número que subiu ligeiramente nos últimos anos.

De forma resumida, frisou o diretor nacional de Tecnologias e Inovação do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, até 2013, Angola tinha apenas 27 por cento de mulheres que se dedicavam à investigação científica.

Já o representante da UNESCO em Angola, Mesquita Vale, defendeu a necessidade de um maior interesse por parte das mulheres nas ciências como a Matemática, por ser fundamental para que a inclusão digital seja um facto, visando contribuir no desenvolvimento de competências digitais.

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De acordo com os dados da UNESCO, os homens ainda ocupam quatro vezes mais as probabilidades das mulheres em possuir competências digitais avançadas, como, por exemplo, no sector da programação de computadores.

Mesquita Vale esclareceu que cientificamente não há nenhuma diferença biológica ou orgânica que diz que o cérebro da mulher é menos adaptado às situações tecnológicas, inovação ou de outras ciências como a Matemática, Física, Química, entre outras.

Estudos mostram, frisou Mesquita Vale, que apesar de as mulheres terem desempenho académico em Matemática e outras ciências superior ao dos homens, a perceção de autoconfiança por parte das mulheres é sempre menor.

Por exemplo, frisou Mesquita Vale, um estudo feito na Coreia do Sul revelou que meninas com uma performance acima dos homens, numa ordem de 32 por cento, apenas 10 por cento apresentavam-se confiantes naquilo que faziam.

Como forma de eliminar esses fatores, que considerou de “exclusão”, o representante da UNESCO apelou aos Governos, pais, professores e à comunidade, em geral, a trabalhar no sentido das mulheres se interessarem pelas ciências tecnológicas, matemáticas e outras áreas de engenharias.

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