Angola foi escolhido como um dos 18 novos países que vão contar com o Google FloodHub, plataforma de informação da Google que visa sobre futuras cheias.
A chegada ao país do sistema de previsão de cheias criado pela Google vem como parte de uma expansão da plataforma para novos países, que conduz um evento sobre Inteligência Artificial (IA) em Nova Iorque.
“Há um sentido de urgência com as alterações climáticas“, disse o vice-presidente de Engenharia e Investigação da Google, Yossi Matias, numa sessão de apresentação antecipada.
“A nossa equipa IA utiliza machine learning [ML, aprendizagem de máquina] para prever a direção da água“, explicou o responsável, frisando que só no ano passado, o sistema enviou 115 milhões de alertas de cheias a milhões de habitantes em zonas de risco, como Índia e Bangladesh.
“Com tecnologia, podemos endereçar este problema de forma eficaz“, considerou Matias, destacando que a análise da empresa mostrou que os sistemas de avisos atempados conseguem evitar 43% das mortes e 35% a 50% dos danos económicos associados a cheias.
Essa expansão para quase duas dezenas de países vem em altura em que a gigante de Mountain View está a criar uma plataforma centralizada com informações sobre cheias, Google FloodHub. A informação será incluída no motor de busca e nos mapas para “ajudar mais pessoas a ficarem em segurança em situações de cheias.“
Um mecanismo preditivo semelhante está a ser usado para monitorizar e prever a evolução de grandes incêndios, que Yossi Matias diz ter sido o catalisador deste trabalho.
“Foi um dos fatores que me motivou a olhar para isto“, referiu. “Há a expectativa de que a frequência e escala [dos incêndios] aumente por causa das alterações climáticas“, reiterou.
Sendo assim, a empresa está a trabalhar para que os seus modelos ML consigam identificar e seguir incêndios em tempo real, prevendo como vão evoluir para ajudar as populações e auxiliar o trabalho dos bombeiros. Este sistema está a ser usado nos Estados Unidos, Canadá, México e Austrália.