Um grupo de piratas informáticos, com suspeita de estar radicado na Rússia, reivindicou ter pirateado o principal ‘lobby’ norte-americano pró-armas (NRA, na sigla em Inglês).
Com o codinome de Grief, o grupo pirata publicou na ‘dark web’ um conjunto de informações que parece ser informação da NRA.
Segundo o que informou a agência noticiosa AP, os documentos vazados dão conta de várias informações financeiras da NRA.
Para o roubo informático, o grupo de piratas informáticos utilizou um ‘ransomware’ (designação relativa a um ataque a uma empresa para lhe impedir o acesso a serviços e departamentos fundamentais próprios, que só possibilita depois de pago um resgate), onde agora divulgaram informação comprometedora do ‘lobby’ norte-americano pró-armas para forçar o pagamento de um resgate.
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O porta-voz da NRA, Andrew Arulanandam, como reporta a cadeia noticiosa KTVU, disse que a associação “não discute assuntos relacionados com a sua segurança física ou eletrónica” e que está a tomar “medidas extraordinárias” para proteger a sua informação.
NRA spokesman Andrew Arulanandam said on Twitter that the NRA “does not discuss matters relating to its physical or electronic security” and takes “extraordinary measures” to protect its information. https://t.co/Dmzd7CGL5V
— KTVU (@KTVU) October 28, 2021
Por outro lado, uma outra fonte muito ligada a NRA e que pediu anonimato, disse que a empresa norte-americana tem tido problemas com o seu sistema de correio eletrónico desde o princípio dessa semana, o que nas lides informática pode significar um potencial ataque de ‘ransomware’.
Os ataques desse tipo aumentaram drasticamente nos últimos anos, principalmente contra empresas e organizações, mas raramente são alvos instituições politicamente sensíveis, como é o caso da NRA.
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Sobre a operacionalidade da NRA, de informar que o grupo mantém relações estreitas com congressistas republicanos e tem sido um dos principais apoios aos candidatos deste grupo político. A NRA gastou dezenas de milhões de dólares nas últimas duas eleições presidenciais, onde mesmo chegou a levar Donald Trump ao cargo de presidente dos EUA.
O Greif é suspeito por vários analistas de estar ligado ao Evil Corp, outro grupo de piratas informáticos reconhecido mundialmente pelos seus ataques. O Departamento do Tesouro dos EUA já chegou a impôr sanções a este grupo em 2019, acusando-o de ter roubado mais de 100 milhões de dólares a bancos e instituições financeiras em 40 países.