Os Parques tecnológicos são empreendimentos para a promoção de ciência, tecnologia e inovação. São espaços que oferecem oportunidade para as empresas do Estado transformarem pesquisa em produto e aproximam os centros de conhecimento (universidades, centros de pesquisas e escolas) do sector produtivo (empresas em geral).
Carlos Faro, o fundador do primeiro parque tecnológico de Portugal, salientou na passada sexta-feira (18), em Luanda, que estes ecossistemas tecnológicos são uma âncora de desenvolvimento económico de países como Angola.
De acordo com o Faro, que é também professor da universidade de Coimbra, Portugal, onde durante o workshop sobre “Os parques tecnológicos e o desenvolvimento económico de Angola”, realizado no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Ciência pela Paz e pelo Desenvolvimento, que se assinalou a 10 de Novembro, apresentou o tema “Promoção de desenvolvimento económico baseado num parque de ciência e tecnologia.
Os parques de tecnologia são uma âncora de desenvolvimento económico, por fazerem a formação ampla de recursos humanos altamente qualificados e também a transformação de conhecimento em valor económico- disse o professor Faro. Para Angola, acrescentou, que tem muitos recursos naturais e com potencial de conhecimento a experiência da Boicant pode contribuir para o crescimento económico que se espera para o país.
A idéia de parques tecnológicos é mundial e foi institucionalizada graças ao apoio da Associação Internacional de Parques Tecnológicos (IASP), sediada em Málaga, na Espanha.
De acordo com o Carlos Faro, para que seja possível a criação destes parques tecnológicos primeiro, deve-se dinamizar o ecossistema de inovação tecnológica que passam pela construção de infra-estruturas inovadoras, laboratórios, mas também capacitar as pessoas para que haja cada vez mais conhecimento disponível.
“Em termos práticos o cidadão em geral sente isto através dos resultados das investigações feitas nos ecossistemas tecnológicos e que muitos destes resultados têm aplicação no dia-a-dia das populações com maiores cuidados de saúde, agricultura eficiente, entre outros sectores que a tecnologia acrescenta valores”-Carlos Faro
Sebastião Tingão Mateus, o director Nacional para o Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, disse que os parques, visam ainda o combate a fome e a pobreza, assim como acrescentar valores ao Plano Nacional de Formação de Quadros, desde docentes, investigadores científicos, empreendedores, entre outras áreas do saber científico.
O exemplo mais conhecido desses pólos de desenvolvimento é o Vale do Silício, na Califórnia, EUA, onde o conceito de parque tecnológico alcançou pleno sucesso: uma região com determinada vocação econômica ou sociocultural atrai determinados perfis de pessoas e empresas; e estas, por sua vez, atraem outras e dessa forma gera-se um crescimento em cadeia.