O Parque de Ciência e Tecnologia de Luanda, uma empreitada iniciada em fevereiro de 2023, será finalizado no primeiro semestre de 2025, segundo o coordenador do projeto de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia, à margem da Primeira Reunião Ordinária do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Ricardo Queiroz.
A infraestrutura que vem com o objetivo de promover a concorrência no país, no domínio da inovação, e gerar desenvolvimento tecnológico, conta com financiamento do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD). O investimento, acrescentou, vai promover a colaboração entre as instituições de Ensino Superior (IES), de Investigação Científica (IC) e empresas públicas e privadas que atuam nos domínios da inovação.
Pelo que revela Ricardo Queiroz, existe no país um número reduzido de investigadores e professores nesta área. “Com a construção do primeiro PCTL e consequente funcionamento em 2025, vamos melhorar, também, as estratégias do ponto de vista de capacitação de professores, investigadores e inovadores, para imprimir maior dinamismo no sector”.
Entre os vários objetivos, explicou, pretende-se juntar no PCTL técnicos e especialistas, como professores universitários, investigadores, engenheiros e outros quadros de diferentes empresas, para a criação de projetos de resolução de problemas que afetam a área de inovação no país.
Este exercício, salientou, visa inverter o atual quadro, circunscrito à elaboração de projetos, trabalhos de fim de curso, dissertações, teses, entre outros, que, na prática, reduzem a capacidade de criar e inventar produtos que possam servir a sociedade, de forma mais abrangente.
Na sua ótica, um professor de ensino superior é, por norma, um investigador, pelo que, na falta de meios que possam resultar na solução de problemas industriais e não só, as universidades devem intervir e apresentar resultados de acordo com o plano previamente elaborado.