O presidente executivo da Web Summit, Paddy Cosgrave, revelou numa entrevista à agência Lusa que vai expandir as conferências tecnológicas regionais, após o Rio de Janeiro, para África em 2025.
“A Web Summit em Lisboa é a conferência anual mais importante. Pensamos que um evento na América do Sul é uma grande oportunidade para fazer crescer a marca particularmente da Web Summit“, Paddy Cosgrave a imprensa portuguesa.
“No seu devido tempo queremos ter uma conferência em África talvez em 2025 e no Médio Oriente em 2024. Estamos ansiosos por organizar mais eventos“, frisou o Presidente Executivo.
Recentemente, foi anunciada a realização de uma cimeira tecnológica no Rio de Janeiro em 2023, referido como um evento “regional” e uma “oportunidade” para crescer a marca fora da Europa.
Paddy Cosgrave enalteceu as ‘suas’ conferências tecnológicas e o seu impacto impacto global nas eleições, nas liberdades, e também na própria comunicação social.
“As conferências tecnológicas começaram só a focar-se em tecnologia, mas depois, algumas dessas empresas e a própria tecnologia, tornaram-se tão grandes, que começaram a ter um impacto nas eleições e começaram mesmo a mudar a imprensa“, defendeu.
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Nesse sentido, a Web Summit “tornou-se num local global de convívio, não apenas para encontro de pessoas ligadas ao ramo tecnológico, mas também para legisladores, Comissários Europeus, políticos de vários pontos do mundo, desde a NATO até ao Secretário-Geral das Nações Unidas.
“A tecnologia impacta-nos a todos, quer a nossa sociedade, as nossas eleições, as nossas democracias, a nossa comunicação social. Tornou-se num lugar importante para pessoas interessadas no futuro que aí vem para aprendermos uns com os outros“, acrescentou o cofundador da Web Summit.
O responsável também defendeu que a Web Summit tem de uma forma indireta “contribuído para ajudar a tornar o mundo num melhor lugar” com a discussão de temas importantes nas várias conferências.
Paddy Cosgrave encontra-se em Toronto a preparar a Collision Conference, que terá lugar de 20 a 23 de junho, no Enercare Centre, evento irmão da conferência realizada desde 2016 em Lisboa.
Espera-se que o evento canadiano possa atingir o limite de 35 mil participantes, sendo que 340 ‘startups’ têm como diretores executivos mulheres.
“Penso que algumas dos principais temas em análise em Toronto, serão as criptomoedas que se estão desvalorizar, as pessoas querem sabem o que se passa. Muitas das empresas tecnológicas perderam entre 70 a 90% do seu valor. As pessoas que ali vão querem saber quais as empresas pelas quais se devem animar dentro de três anos“, concluiu.