Os desafios da cibersegurança em 2023

Se a escassez de talentos tecnológicos especializados era uma realidade há mais de uma década, o cenário tem vindo a agravar-se com a crescente necessidade de perfis técnicos.

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No ano da incerteza, como muitos lhe chamam, que ‘pedras’ podem os gestores encontrarem no seu caminho rumo a uma segurança mais eficiente que garanta o essencial: prevenção, deteção, proteção e recuperação? Conheça as tendências segundo os especialistas.

Contexto geopolítico

Inflação, guerra na Ucrânia, eventos políticos voláteis, ou disrupção nas cadeias de abastecimento são fatores perturbadores da ‘paz cibernética’ e podem potenciar os riscos de cibersegurança. Os ataques a infraestruturas críticas e governamentais tenderão a crescer neste contexto, o que exige igualmente uma maior preparação por parte das empresas.

Ransomware, a maior ameaça

Este é o tipo de ameaça que mais cresce a nível global, uma tendência que já se mostrava antes da pandemia, mas que ganhou músculo nos últimos dois anos. Só em 2022 foram vários os ataques que assumiram algum mediatismo a nível mundial, o que demonstra que ninguém está imune. As campanhas de ransomware estão cada vez mais profissionais e sofisticadas tendo, muitas vezes, o patrocínio de governos ou de grupos terroristas. Há uma ciberguerra em curso, e este tipo de ataques serão cada vez mais usuais.

Recursos escassos

Se a escassez de talentos tecnológicos especializados era uma realidade há mais de uma década, o cenário tem vindo a agravar-se com a crescente necessidade de perfis técnicos. Na área da cibersegurança esta escassez está a tornar-se ainda mais relevante, e colocar novos especialistas no mercado não acontece ao ritmo desejado. Requalificar é um dos caminhos.

Segurança móvel

A proteção dos dispositivos móveis – telemóveis, tablets, wearables, etc. – continua a ser desvalorizada. No entanto, estes dispositivos armazenam dados valiosos que, em caso de ataque informático, podem causar graves danos a indivíduos e empresas. Os ataques de phishing e de malware são os mais comuns e a falta generalizada de literacia digital contribui para a sua proliferação.

5G e IoT

A velocidade e a utilização mais ampla de ligações sem fios estão a criar desafios de segurança acrescidos às novas redes de telecomunicações. Criar ataques de maior dimensão é um dos problemas que se coloca. Segundo a Insider Intelligence, estima-se que existam 64 mil milhões de dispositivos IoT em todo o mundo nos próximos cinco anos.

O impacto da Inteligência Artificial (IA)

A influência positiva que esta tecnologia tem, e pode ter no futuro, nos negócios é diametralmente oposta ao impacto negativo da sua utilização com propósitos criminosos. A tecnologia deepfake é cada vez mais utilizada para manipular informações e destruir credibilidade, com efeitos significativos no terrorismo e no cibercrime.

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