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Operadora moçambicana Tmcel quer “democratizar acesso” à Internet

“Com estas ofertas, a Tmcel contribui, de forma determinante, para que todos os moçambicanos estejam, sempre, comunicáveis e conectados à internet com os preços mais baixos do mercado. Esta é uma forma de contribuir para a inclusão digital dos moçambicanos, bem como para a democratização do acesso à internet”, afirma o diretor comercial, Adil Ginabay, citado num comunicado da operadora enviado à Lusa.

A Tmcel, operadora estatal, indica que, com a medida agora adotada, os clientes “passam a ter acesso à Internet sem preocupações em relação ao volume de dados consumido ou a limitação para aplicativos predefinidos”, em que os pacotes variam entre os cinco e os 50 meticais (sete a 70 cêntimos de euro), “sendo que o cliente tem acesso a todos os conteúdos e aplicativos que pretende usar”.

A operadora explica que esta medida junta-se a outros “pacotes ilimitados”, entretanto disponibilizados, incluindo chamadas e mensagens escritas ilimitadas, e tráfego de dados de até 140 Gigabytes por mês.

Em setembro, o Presidente da Comissão de Gestão da Tmcel, Mahomed Adamo Mussá, afirmou, em Maputo, que a estatal moçambicana de telecomunicações está num “novo renascer”, no âmbito da revitalização das operações até maio de 2024, orçada em 132 milhões de dólares (123 milhões de euros).

“Os primeiros dois meses foram para elaborar um plano a 18 meses para reverter a situação da empresa (…) É isso que vamos fazer: um novo renascer”, afirmou Mahomed Adamo Mussá.

Os acionistas da operadora de telecomunicações móveis e fixas aprovaram em maio passado uma Comissão de Gestão, planos de revitalização da empresa e de redução de custos, a par de um estudo de rentabilização de centros de custos.

A administração mostrou crescimentos em vários indicadores com a inclusão de novos produtos e explicou que o projeto de expansão e modernização da rede de telecomunicações da Tmcel, orçado em 132 milhões de dólares (123 milhões de euros) e financiada pelo Eximbank da China, com conclusão prevista para maio de 2024, já foi executado a 57%, o que implicou, entre outros investimentos, a instalação de mais 778 antenas de transmissão do sinal de telecomunicações, numa previsão de 1.350.

Ainda no âmbito da modernização e expansão da rede, iniciada em janeiro de 2022, após “quase dez anos sem investimento”, a Tmcel, que opera uma rede de suporte de 7.600 quilómetros de fibra ótica e de 8.500 quilómetros de redes de acesso, já aumentou a cobertura de banda larga de 10 para 400 gigabits por segundo (Gbps).

“Já cobrimos todas as províncias do país, cumprindo assim com o nosso compromisso feito em setembro último de modernizar a rede de Lichinga e introduzir o 4.5G nesta cidade capital ainda no decurso do ano corrente”, acrescentou Adil Ginabay, referindo que a entrada em funcionamento da nova rede na capital da província de Niassa ocorreu a 8 de dezembro.

Atualmente, a quota de mercado da Tmcel em Moçambique é de 10 a 12%, em termos de clientes ativos, mas o objetivo assumido pela comissão de gestão passa por ultrapassar os 25% a médio prazo.

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