O hacking ético e os seus benefícios no mundo dos negócios

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Num mundo em que a tecnologia continua a avançar e a evoluir a um ritmo imparável, é apenas lógico que ela deva ser implementada na nossa vida diária ao nível e velocidade com que está a ser implementada. Nos últimos anos, a proporção de dispositivos por habitante tem aumentado, e, consequentemente, isto está a ser transferido para a esfera profissional.

Há muitas vantagens que o uso da tecnologia traz ao mundo empresarial: reduz erros nos processos, impulsiona a inovação, estimula a competitividade e produtividade, reduz custos, facilita a gestão da informação, e assim por diante. Por esta razão, a maioria das empresas está a realizar verdadeiros processos de digitalização. No entanto, tal como os benefícios são inúmeros, também o são os riscos derivados da sua utilização e aplicação.

O cibercrime é a ordem do dia. Os métodos utilizados pelos cibercriminosos para assumir o controlo de dispositivos ou informações estão a tornar-se mais inovadores, mais prejudiciais e mais difíceis de parar. Pense, por exemplo, nas técnicas de engenharia social, que procuram obter informações sensíveis dos utilizadores através da manipulação ilícita (engano) dos utilizadores.

É portanto necessário adoptar boas medidas de segurança e uma protecção rígida contra estas ameaças, ainda mais no ambiente empresarial, onde a ciber-segurança é um elemento muito importante para a viabilidade da empresa.

Então, o que podemos fazer para proteger o nosso negócio dos cibercriminosos?

Para começar, precisamos de mudar o conceito negativo que normalmente associamos ao termo hacker, pois não são os hackers que cometem crimes online, mas sim os cibercriminosos. É aqui que entra em jogo o que é conhecido como “hacking ético”. Este termo abrange todos aqueles comportamentos que procuram encontrar e explorar falhas ou vulnerabilidades nos sistemas informáticos das empresas, a fim de os proteger contra futuros ataques de cibercriminosos.

O objectivo desta técnica é o de reforçar a segurança informática da empresa. O objectivo é perpetrar ataques controlados à segurança das empresas, a fim de antecipar ataques que possam ter consequências piores.

Hoje em dia, os ‘hackers éticos’ são actores chave nas grandes empresas. Trabalham como consultores, precisamente nesta função de ciber-segurança.

Para tal, utilizam um conjunto de testes de penetração, pentesting, com os quais verificam o funcionamento dos procedimentos de segurança de uma rede ou dispositivo com o objectivo de encontrar vulnerabilidades. Estes testes de penetração seguem uma série de fases bem definidas:

  • Recolha. Isto consiste em recolher o máximo de informação possível para as etapas subsequentes. Nesta fase, os sistemas a serem auditados serão identificados.
  • Digitalização. Uma vez recolhida esta informação, será efectuada uma análise da vulnerabilidade dos sistemas.
  • Acesso e exploração. Nesta fase, será feita uma tentativa de explorar as vulnerabilidades encontradas. Tudo isto, sempre dentro dos limites que tenham sido acordados com o cliente.
  • Relatórios. Como fase final, será criado um relatório com os detalhes do teste, desde as vulnerabilidades que foram detectadas durante o teste e a criticidade das mesmas, até às possíveis consequências e soluções para as melhorar.

Geralmente, nas empresas com um número considerável de empregados, é o próprio pessoal interno que é responsável por colocar em risco a infra-estrutura informática. Por outro lado, nas PME e nas empresas mais pequenas, são frequentemente utilizadas empresas externas especializadas nestes processos de ciber-segurança.

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Não devemos esquecer que, em qualquer caso, deve haver um acordo contratual entre ambas as partes. Este contrato deve declarar a autorização expressa da empresa para realizar a tentativa de ataque, e determinar os termos de confidencialidade, integridade, sigilo profissional e limites de acção.

Vantagens do hacking ético

Esta protecção de que temos vindo a falar tornou-se essencial a nível empresarial. É necessário que estes “hackers de chapéu branco” não só conheçam as técnicas, ferramentas e intenções dos “hackers de chapéu preto”, mas também que tenham um conhecimento profundo das redes e sistemas da empresa, bem como das suas políticas de ciber-segurança, o que lhes permite realizar o seu trabalho de forma mais eficiente.

Em resumo, há várias vantagens:

  • Melhora a ciber-segurança detectando potenciais vulnerabilidades e, consequentemente, fornecendo soluções eficazes para as prevenir.
  • Impede que o equipamento da empresa seja tornado inutilizável, reforçando os protocolos de segurança.
  • Impede a espionagem empresarial e mantém todas as informações sensíveis contidas na empresa sob salvaguardas, cumprindo assim o Regulamento de Protecção de Dados.

É essencial compreender que o hacking ético pode tornar-se um elemento chave na actividade empresarial actual. Como já dissemos, vivemos num mundo em que todos os processos estão a ser informatizados diariamente, aumentando o âmbito de acção dos conhecidos como “hackers de chapéu negro”.

A criação de medidas de segurança que preservem as equipas de trabalho e mantenham segura toda a informação contida numa empresa deve tornar-se uma das principais motivações. Por esta razão, é essencial conhecer e compreender esta metodologia que pode fornecer tantas soluções no campo da ciber-segurança.

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