Após dois anos de encontros virtuais, devido às restrições impostas pela Covid-19, a comunidade de fact-checkers do continente volta a reunir-se presencialmente para realizar a cimeira Africa Facts, mas dessa vez num evento nunca visto.
A acontecer de 9 a 10 de novembro de 2022, na capital do Quénia, Nairóbi, vai reunir os principais intervenientes e organizações de verificação de factos de todos os cantos do continente, com destaque para as mais de 20 instituições de toda a África, de países como Burkina Faso, Etiópia, Zimbabué e Angola.
“Estamos entusiasmados por receber este importante encontro de verificadores de factos africanos, para partilhar ideias e as melhores práticas no combate ao flagelo da desinformação no nosso continente“, disse Noko Makgato, Diretor-Executivo da Africa Check.
Segundo o comunicado da organização oficial do evento, no primeiro dia vai-se abordar vários temas sobre o fortalecimento da verificação de factos em África, como os obstáculos na luta contra a desinformação, porque a literacia digital importa e a verificação de factos em ambientes desafiadores.
Angola terá pela primeira vez representação na cimeira com o Nuxo, o verificador de factos que usa a inteligência artificial para identificar notícias falsas com rapidez e precisão. Lançado em março de 2021, o Nuxo era apenas acessível no Facebook, mas desde setembro deste ano que já se encontra no WhatsApp, e consegue identificar fake news em qualquer língua e em questão de segundos.
No final da cimeira terá lugar o African Fact-Checking Awards, que é a cerimónia de prémios que homenageia o jornalismo de verificação de factos em África.
“Estes prémios visam reforçar a excelência de verificação de factos em todo o continente“, informou Dudu Mkhize, Directora de Outreach da Africa Check, frisando ainda que “este ano temos mais de 200 inscrições de mais de 20 países africanos, deixando claro que a verificação de factos está em crescimento por todo o continente.“