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Nigéria: mais de mil instituições suspeitas de crime de violação de dados

Mais de 1.000 instituições na Nigéria, entre financeiras, escolas, companhias de seguros e empresas de consultoria, são suspeitas de alguma forma de violação de dados, segundo informações divulgadas pela Comissão de Proteção de Dados do país.

Citado pela imprensa local, Vincent Olatunji, comissário nacional de Proteção de Dados da Nigéria, divulgou esta informação durante uma mesa redonda para comemorar o primeiro aniversário da assinatura da Lei da Comissão de Proteção de Dados da Nigéria, assinado pelo presidente Bola Tinubu em Abuja, a 12 de junho de 2023, para melhorar os direitos de privacidade e outras liberdades básicas no ciberespaço e nas interações analógicas.

“No ano passado, não tínhamos certeza se o presidente aprovaria o projeto de lei. E se o presidente não o assinasse, o que teria acontecido? O projeto de lei foi aprovado pela nona Assembleia e normalmente, quando entra um novo governo, eles querem descartar tudo o que o governo anterior fez antes de chegar lá. Mais importante ainda, era um novo governo. Fiquei apreensivo, todos preocupados, mas mantive a fé em Deus, embora também não tivesse certeza, e no dia 12 de junho do ano passado o presidente assinou”, acrescentou o comissário.

Segundo Vincent Olatunji, já quatro grandes instituições financeiras e três outras organizações foram sancionadas e multadas num total de 400 milhões de nairas (NGN), por violações de dados envolvendo pessoas.

O comissário observou também que o ecossistema de dados da Nigéria ultrapassou um valor de 10 mil milhões de nairas devido ao efeito multiplicador da aprovação do projeto de lei, sublinhando que a instituição que dirige, garante a salvaguarda dos dados de acordo com os melhores padrões e práticas globais.

“Acumulativamente, recebemos mais de 1.000 relatos de violações de dados desde o início até agora. O número é baixo devido ao baixo nível de consciencialização entre os nigerianos”, disse o comissário, explicando que cerca de 400 destes casos são de empresas de receita digital, instituições do sector da educação, instituições financeiras, imóveis, seguros, consultoria e escolas.

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