O governo da Nigéria anunciou na noite de ontem(12) o levantamento da suspensão de sete meses do Twitter, onde mais de 200 milhões de pessoas ficaram excluídas dessa rede social.
“O presidente Muhammadu Buhari aprovou o levantamento da suspensão do Twitter na Nigéria a partir da meia-noite de hoje“, disse o diretor da Agência Nacional para o Desenvolvimento da Tecnologia da Informação, Kashifu Inuwa Abdullahi, em comunicado oficial.
Segundo a nota de imprensa, revelado pela AFP, esse levantamento da suspensão é resultado de vários meses de negociações, entre as autoridades nigerianas e a rede social, e onde nesse momento o Twitter aderiu a “todas as condições estabelecidas pelo governo federal”, principalmente à tributação e à gestão dos conteúdos que não respeitam as leis da Nigéria.
De informar que o Twitter foi suspenso da Nigéria no dia 04 de Junho de 2021, que foi dois dias após a rede social suprimir um tweet do presidente Muhammadu Buhari.
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O comunicado, que foi postado no Twitter oficial do ministério da Informação daquele país, acusou a empresa americana de mídia social de permitir que a plataforma fosse usada “para atividades capazes de minar a existência corporativa da Nigéria”.
O comentário do Presidente Buhari referia-se aos defensores da independência de Biafra, a quem disse que o Governo “os trataria na linguagem que eles entendem”. O ministro da Informação, Lai Mohammed, justificou a decisão com o facto de, segundo ele, a plataforma estar a ser usada “para actividades que podem minar a existência integral da Nigéria”.
Informar ainda, que quatro meses depois dessa suspensão, o Presidente nigeriano tinha ordenado o levantamento da proibição das operações do Twitter na Nigéria, mas apenas se fossem cumpridas certas condições, incluindo a utilização e registo “positivos” da rede social na Nigéria.
A suspensão do Twitter despertou profunda consternação na Nigéria, um país jovem, muito conectado, onde a rede social é uma importante ferramenta de protesto social.