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NATO planeja transferir o tráfego da Internet para satélites

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO na sigla em inglês) está a trabalhar com investigadores dos EUA, Islândia, Suécia e Suíça para construir um sistema que redirecione o tráfego da internet dos cabos submarinos para vários satélites, caso este sistema de comunicações esteja sob ataque ou seja afetado por uma calamidade natural ou um acidente, o que constituiria uma espécie de ‘apocalipse’ da internet.

O trabalho é necessário sabendo-se que a maior parte das pessoas dos países da NATO depende destes cabos submarinos para ter acesso online. Assim, um plano de redirecionamento é necessário para evitar disrupções no serviço global de internet, algo essencial à medida que os cabos submarinos assumem um papel cada vez mais crítico no funcionamento das sociedades e economias modernas.

Além desta iniciativa, a organização tem outros programas para proteger estas instalações e o HEIST (de Hybrid Space and Submarine Architecture project to Ensure Information Security of Telecommunications) deve ser lançado ainda este mês.

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Com a situação geopolítica a agravar-se, os líderes da NATO receiam que a Rússia esteja a mapear os pontos críticos dos EUA e Europa e temem que os cabos submarinos estejam entre os alvos primordiais.

Ao abrigo do HEIST, a atividade dos cabos vai estar a ser constantemente monitorizada e, em caso disrupção, o tráfego será redirecionado para outros cabos ou para satélites, caso seja necessário. Os sistemas de monitorização atual detetam problemas à escala do quilómetro mais próximo, mas a equipa de investigadores quer apertar a malha e detetar problemas numa escala mais precisa, noticia o Tom’s Hardware.

No âmbito do HEIST estão a defesa da infraestrutura de internet em caso de ataques militares, mas também proteção em caso de evento natural ou acidente, como terramotos ou prender-se uma âncora de um navio num destes cabos – como aconteceu, inclusive, recentemente com um navio fantasma. Outra defesa necessária é contra a espionagem. Apesar de o tráfego que passa pelos cabos estar encriptado, a utilização de computadores quânticos pode ameaçar mesmo a encriptação mais avançada.

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