A primeira fase do projecto da Central Fotovoltaica de Caraculo, localizado na província do Namibe, vai entrar em funcionamento no primeiro trimestre de 2023, com o objectivo de aumentar a produção de energias renováveis e redução do défice energético em Angola.
Segundo o Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Solenova Limited, gestora do projecto, Germano Sacavumbi, a Central Fotovoltaica de Caraculo vai permitir a redução de consumo de gasóleo para as centrais térmicas e, nomeadamente, a diminuição das emissões do dióxido de carbono.
O PCA que falava em conferência de imprensa aos jornalistas, na capital do país, disse que o aumento da electrificação e a melhoria do ambiente de negócio na região sul, através da atracção de novos investimentos como outras vantagens do Caraculo.
Germano Sacabumbi frisou ainda que o aumento da capacidade energética no Namibe, em particular, vai melhorar as condições de vida das populações, por ser um dos factores de produção essencial para o desenvolvimento socioeconómico da região.
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De informar que a Central Fotovoltaica de Caraculo é um investimento que vai custar cerca de 42 milhões de dólares norte-americanos aos cofres do Estado Angolano, onde a referida central prevê ter um tempo útil de 25 anos, sendo o retorno do financiamento previsto para 10 anos.
A primeira pedra foi lançada no último mês de Maio, onde a empresa gestora informou que o projecto vai empregar pelo menos 350 trabalhadores, além do factor multiplicador que surgirá, após a conclusão da obra.
Sob gestão da Solenova, joint venture da Eni e da Sonangol, para o desenvolvimento de projectos de energias renováveis, Caraculo surge na sequência da assinatura de um contrato de Engenharia, Aprovisionamento e Construção (EPC) entre as partes envolvidas. A Central Fotovoltaica de Caraculo está a ser projectada para uma capacidade total de 50 megawatts, sendo prevista a produção de 25 MW para a primeira fase.