O facto de a Unitel ser uma empresa que vai sofrer uma “nacionalização” é uma situação que não teve impacto na gestão operacional da empresa, segundo o Diretor-Geral da operadora, Miguel Geraldes.
“A questão da nacionalização não é tema (…) os acionistas são os mesmos. Portanto, não há uma alteração no seu contexto (…) essa é uma questão das autoridades e que não impacta na operação que continua exactamente como ele estava“, disse Miguel Geraldes, em declarações à Lusa.
Miguel Geraldes, falando na V Conferência sobre Transformação Digital: Telecomunicações, Digitalização e Inclusão Financeira, recusou dar explicações sobre o concurso público para encontrar novos accionistas para a Unitel, mas reiterando que a gestão operacional da operadora está a “decorrer na normalidade”.
“Essa é uma questão (concurso público) do nível acionista, eu só posso referir-me à questão da gestão e o que disse é que a alteração da nacionalização não fez qualquer impacto no nosso dia a dia, na gestão operacional, tudo o resto não nos compete a nós dizer” declarou.
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Quanto as queixas de Isabel dos Santos, que alegou o processo da nacionalização da operadora como “um roubo”, o Diretor-Geral voltou também a não tecer palavras sobre o assunto.
De informar que muito recentemente o Governo Angolano, na pessoa do Presidente da República, apropriou, por via de nacionalização, a participação detida pela VIDATEL LIMITED no capital social da UNITEL SA, correspondente a 25% do capital social.
Segundo a nota presidencial, o Estado Angolano agora é o dono das ações da UNITEL, “independentemente de quaisquer formalidades, livres de quaisquer ónus ou encargos, sendo oponíveis a terceiros após o registo“, informa o comunicado.