A notícia surgiu ontem no Novo Jornal, citando uma entrevista de Rob Shuter, presidente e CEO do Grupo MTN, o maior operador de telefonia móvel de África.
Ao que tudo indica, a gigante Sul Africana está interessada em para o mercado angolano, oficializando assim a participação na “corrida” para ser o quarto operador móvel de Angola por via da 4ª licença global de telecomunicações que foi posta à disposição pelo ministério das telecomunicações e tecnologias de informação. Neste momento a Unitel, Movicel e Angola Telecom possuem as demais licenças globais.
Para além de Angola, a MTN está interessada em investir noutro mercado africano emergente, a Etiópia é o alvo.
“Estes são dois mercados atraentes para nós – eles estão directamente ligados à nós – geograficamente- e têm grandes populações e penetração relativamente baixa a nível de telefonia móvel e internet”. – Rob Shuter
A Etiópia é particularmente atraente, pois é um país grande, com cerca de 108 milhões de pessoas, e há apenas uma operadora, a estatal, Ethio Telecom. Em Angola a empresa terá mais dificuldades, uma vez que encontrará forte concorrência da Unitel e Movicel.
O que a MTN pode trazer de novo para o mercado angolano?
O foco tem sido a expansão dos serviços de telefonia móvel para os locais mais recônditos do país, mas a MTN tem um trunfo: qualidade de serviço. Em 2017 a empresa conseguiu estar no top 3 no ranking de satisfação de usuários de países chave como a Nigéria e África do Sul.
A MTN tem cerca de 232 milhões de utilizadores nos 24 países que opera e essa experiência poderá ser benéfica para Angola. A MTN tem mais de 20 milhões de usuários activos na sua plataforma de Mobile Money, outro diferencial importante para Angola.
E lembrem-se, a gigante sul africana poderá não operar apenas no ramo da telefonia móvel, uma vez que a licença disponível permite explorar outras áreas no domínio das telecomunicações.
E então, acha que a MTN poderá trazer algo novo para as telecomunicações em Angola ?