A Movicel e a Africell perderam conjuntamente 213.719 clientes em 12 meses, com base em dados recentes do Instituto Angolano das Comunicações (INACOM).
Segundo o que revela o semanário Valor Económico, a Movicel foi das operadoras mais afectadas, que persiste em dar sinais de profunda decadência, abeirando-se da falência. A empresa voltou a fechar o ano com uma perda de 18.513 clientes, decaindo dos 985.325, de 2022, para os 966.812. Agora a Movicel tem apenas 3,75% da quota do mercado.
Angola conta actualemnte com 25,9 milhões de subscritores de telefonia móvel e 8,8 milhões de cartões SIM com internet. A taxa de penetração de telemóveis na população está perto de 80%, mas a taxa de internet ainda está longe de ser a desejável e não chega a 30%. A região subsariana tem 70% de taxa de penetração de internet.
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Apesar desta nova era do mercado dos telemóveis, a Unitel, que pertence na totalidade ao Estado, através do Instituto Nacional de Gestão de Ativos (IGAPE) e da Sonangol, mantém a hegemonia, mas perdeu quota de mercado para 72% dos 25,9 milhões de subscritores atuais.
Atualmente, a operadora Africell opera apenas nas províncias de Luanda, Benguela e Huíla, mas já é a segunda maior operadora do mercado de telefonia móvel com 24% de quota, fazendo (quase) desaparecer a Movicel.
Em termos comparativos, nos últimos nove meses de 2023, o mercado de telefonia móvel cresceu 15,6% em relação ao período homólogo de 2022 (registava 21,8 milhões de utilizadores).