A Movicel acaba de sofrer uma alteração do capital social da empresa. O Estado agora assegura a maioria (57%) com quatro entidades – INSS (25%), Angola Telecom (18%), Infrasat (12%) e Correios de Angola (2%) – e entra uma nova entidade, a GAFP (38%), que de acordo com o apurado pelo Expansão, trata-se de um grupo económico de capital angolano com capacidade de investimento, que acredita que com uma nova gestão este pode ser um negócio rentável.
Este novo accionista também já está neste sector, tem uma participação de 30% na Infrasat, o que em termos práticos significa, mais 3% no capital da telefónica. Tem a promessa do Governo de que vai contar com o apoio das empresas públicas representadas no capital social para fazer mudanças estruturais e alterações profundas no modo de funcionamento da Movicel.
Na reunião da passada segunda-feira procederam-se também a alterações no conselho de administração, o afastamento previsível de Aristides Safeca, que era considerado pelos novos accionistas como um factor impeditivo de implantar um novo rumo à empresa, levou à nomeação de um novo PCA, Filipe Zola, que é actualmente director para a área financeira do INSS, tendo um passado ligado á banca, pois passou pelo BCI e pelo Banco Postal, trabalhou na General Electric nos Estados Unidos, e é agora quadro superior da Segurança Social.
Filipe Zola não terá, no entanto, funções executivas, estas serão da responsabilidade de Paul Jalkaran, um quadro da Movicel há mais de 20 anos, ligado à área técnica, e que já fazia parte do conselho de administração na anterior estrutura, agora nomeado presidente da Comissão Executiva (PCE).
Esta comissão terá cinco elementos, existem ainda dois lugares disponíveis, transitam dois da anterior estrutura, sendo que é intenção da empresa contratar profissionais experientes neste sector, com experiência internacional. Já relativamente ao Conselho de Administração, serão também nomeados mais dois não executivos para completar o órgão.