[Moçambique] Transportadoras dizem que bilhética eletrónica já não funciona nos autocarros

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É um imperativo licenciar os transportadores urbanos de passageiros em Moçambique, de modo a aceder à compensação e ao subsídio e é indispensável o funcionamento pleno da bilhética eletrónica, pois só os passageiros que estiverem dentro da bilhética eletrónica é que vão beneficiar-se do subsídio que ainda será definido pelo Governo do país e pelos transportadores.

Segundo o que foi comprovado, o sistema não funciona em certos autocarros e em outras falhas, como relatam vários transportadores.

Nem as manutenções de rotina são feitas às próprias máquinas. Por vezes, pode funcionar um da frente e o de trás não; outras vezes, os dois podem não funcionar. No meu caso, por exemplo, houve certa vez em que só estava a funcionar o de frente e o de trás não, reportei, disseram-me que iam resolver, mas até hoje, nada fizeram” disse Luís Maculuve, um dos motoristas entrevistados pelo O País.

A bilhética eletrónica será instalada também nos transportes semicolectivos de passageiros, porém os operadores não sabem como o sistema eletrónico funciona.

Não sabemos como e onde é que se monta nem nada sobre o cartão Famba“, disse Alcídio Mucavele, motorista que faz o transporte de passageiros na rota Museu-Xipamanine.

MAIS: Moçambique: Avarias comprometem uso do cartão “Famba”

Na maior parte dos cidadãos entrevistados pelo jornal diário moçambicano disseram também não saber nada sobre o “Famba”. Os pontos de levantamento e recarregamento dos cartões, instalados na Cidade de Maputo, estão todos encerrados.

Algumas pessoas usavam o cartão Famba, mas, de um tempo para cá, já não usam, porque não mais funciona nos nossos próprios autocarros” confessou Celeste Moisés, cobradora de um transporte público.

De acordo com os números, há cerca de 1190 viaturas de transporte público de passageiros registadas pelo Município de Maputo, entretanto alguma das quais operam ilegalmente. José Nichols, vereador de Mobilidade e Trânsito, explica que é indispensável o licenciamento para continuar a operar.

O universo que temos, no Município de Maputo, são cerca de 1190 viaturas, o que significa que há entre 300 e 400 carros não licenciados. Ainda há tempo para o licenciamento de todos os autocarros“, sublinhou Nichols.

A Agência Metropolitana de Transporte de Maputo tem a responsabilidade de operacionalizar o subsídio ao passageiro e, segundo Armando Bembele, administrador técnico, a instituição estuda, neste momento, todos os aspetos para a atribuição do subsídio.

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