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[Moçambique] Transações eletrónicas favorecem inclusão

A inclusão financeira em Moçambique cresceu significativamente, nos últimos 5 anos, motivada pelas transações eletrónicas das plataformas M-Pesa, e-Mola e conta móvel, que operam em quase todo o território do país, com o suporte da banca e das empresas de telefonia móvel.

O facto foi destacado pelo Presidente da Associação das Fintechs de Moçambique, João Gaspar, uma organização que junta entidades que operam no sistema financeiro económico e no sector bancário.

O gestor falava na conferência organizada pela BTC e B&S-Banca & Seguros, com a parceria do Banco Comercial e Investimentos (BCI), num painel que debateu “Os desafios atuais do mercado de capitais em Moçambique”.

No evento foram também lançadas duas obras com os títulos “Mercado de Capitais: Coletânea de Pesquisas Académicas – Vol.1” e “Guia Prático para a Admissão à Cotação na Bolsa de Valores de Moçambique”.

A inclusão financeira está a crescer no país. Os relatórios mostram um crescimento assinalável nas transações eletrónicas, motivado essencialmente pelo M-Pesa que, neste momento, possui mais de 5 milhões de contas e 70 mil agentes, a conta móvel, domiciliada no banco comercial tem acima de 3,5 milhões de contas, enquanto os 18 bancos juntos não atingem 4 milhões de clientes”, disse João Gaspar.

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De acordo com a fonte, o crescimento da inclusão financeira traz consigo um impacto social e económico positivo na vida da população.

Por exemplo, há pessoas que pagam despesas através do M-Pesa, e-Mola ou Conta Móvel, nos estabelecimentos comerciais. As contas baseadas em tecnologias digitais trazem mudanças também nas zonas rurais, havendo a necessidade de dinamizar as infraestruturas da rede de telecomunicações e de energia elétrica em zonas recônditas”, explicou.

Por sua vez, o fundador da Bussiness Trading e Consulting (BTC), Gerson David, disse que a conferência tinha como objetivo refletir sobre a inclusão financeira, visando garantir o maior acesso ao mercado de capitais para os diferentes atores e em particular aos investidores não profissionais.

Esteve ainda em debate, segundo David, um tema sobre: “Oportunidades no Mercado de Capitais, Fundo de Investimento Imobiliário”, porque há um crescimento assinalável neste sector.

“Em Moçambique há terreno fértil para a constituição do Fundo de Investimento Imobiliário e também discutimos o reforço da confiança, para que o mercado de capitais possa funcionar”, referiu.

Para Diogo, os principais desafios são de cariz legal porque há necessidade de legislar, por exemplo, o papel dos consultores autónomos de investimento, uma função que neste momento é desempenhada pelos bancos comerciais.

No segundo painel, a Bolsa de Valores de Moçambique, representada por Sara Cândido, do departamento jurídico desta instituição, disse que, atualmente, estão cotadas 11 empresas na bolsa

Detalhou que para a admissão da empresa na bolsa é necessário reunir requisitos sobre as suas contas de modo que não possa defraudar os investidores.

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